O objetivo deste artigo é revisar os aspectos da disfunção muscular esquelética e composição corporal no hipertireoidismo. O hipertireoidismo está associado a uma fraqueza muscular generalizada que é parte da manifestação clínica inicial de cerca de 80% dos pacientes, comprometendo a realização de tarefas cotidianas e a qualidade de vida. Um fator que contribui para a redução da força é a atrofia muscular, que tende a afetar mais comumente os grupos musculares proximais. Além disso, o hipertireoidismo é acompanhado de perda ponderal associada à depleção de massa muscular e tecido adiposo. Estudos demonstram que o tratamento medicamentoso é capaz de recuperar a força e mais lentamente a resistência, definida como a capacidade de sustentar cargas submáximas por períodos prolongados, e que o treinamento contra resistência associado ao tratamento medicamentoso, é capaz de promover um maior ganho de força e de resistência muscular nestes pacientes. Embora não tenha sido estabelecido um padrão de composição corporal na recuperação do peso após o tratamento da doença, sabe-se que pacientes submetidos ao treinamento de força apresentam recuperação de peso acompanhado principalmente de ganho de massa muscular.
Hipertireoidismo; Função muscular esquelética; Composição corporal