OBJETIVOS: Esse estudo é uma revisão atualizada em adenomas hipofisários não-secretores (AHNS), enfatizando características clínicas, avaliações laboratorial e neuro-radiológica, manejo terapêutico e desfecho. MÉTODOS: Estudo retrospectivo, em que 104 pacientes com AHNS foram avaliados pela mesma equipe de endocrinologistas e neurocirurgião. Os pacientes foram submetidos à avaliação bioquímica, a estudos radiológicos e à avaliação de campo visual. RESULTADOS: Hipopituitarismo e distúrbios neuro-oftalmológicos foram observados em 89%. Observou-se deficiência de GH (81,4%), hipogonadismo (63,3%), hipofunção adrenal (59,5%), hipotireoidismo (20,4%), concentrações elevadas (38,5%) e baixas (16,7%) de prolactina. Imagens pré-operatórias classificaram os tumores em sua maioria como macroadenomas (93%). Expansão extra-selar foi observada em 83,8%. Graus variados de distúrbios visuais foram observados em 74%. O tratamento de escolha foi a cirurgia transesfenoidal (75%). O controle clínico foi alcançado com cirurgia em 37,5% dos pacientes. A maioria dos pacientes precisou de segunda abordagem terapêutica, radioterapia ou outras cirurgias. A imunoistoquímica resultou negativa para hormônios hipofisários em 43%. Melhora de sintomas neuro-oftalmológicos foi observada em 61% dos pacientes após o tratamento. CONCLISÕES: Os dados do estudo confirmam elevada prevalência de efeitos de massa e hipopituitarismo em pacientes com AHNS. Recorrência causada por invasão ou ressecção incompleta do tumor é comum, levando frequentemente à segunda opção terapêutica.
Adenomas hipofisários; hipopituitarismo; defeitos neuro-oftalmológicos; expansão extra-selar; cirurgia transesfenoidal