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Hipogonadismo após traumatismo craniano encefálico

O traumatismo cranioencefálico (TCE) é a causa mais comum de morte e incapacidade em adultos jovens. Desordens neuroendócrinas pós-TCE vêm sendo reconhecidas cada vez mais nos últimos anos devido à sua potencial contribuição para a morbidade e, possivelmente, mortalidade após trauma. Alterações acentuadas do eixo hipotálamo-hipófise foram documentadas nas fases aguda e crônica pós-TCE. Estudos prospectivos e longitudinais têm mostrado que algumas anormalidades são transitórias. Por outro lado, existe uma elevada frequência de deficiências hormonais hipofisárias a longo prazo entre os sobreviventes de TCE, que varia de 15% a 68%. Hipogonadismo pós-TCE é um achado comum a longo prazo e estima-se que, em média, 16% dos sobreviventes sejam afetados. Hipogonadismo pós-TCE tem sido associado a resultados adversos tanto na fase aguda quanto na fase crônica após a lesão. Esses dados reforçam a necessidade da identificação e adequado tratamento das deficiências hormonais, para otimizar a recuperação do paciente, melhorar a qualidade de vida e evitar as consequências negativas a longo prazo do hipogonadismo não tratado.

Hipogonadismo; traumatismos encefálicos; testosterona; estradiol


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