OBJETIVOS: Avaliar o surgimento de comorbidades cardiovasculares e/ou neoplásicas e a taxa de mortalidade nos pacientes com hipertireoidismo em decorrência da doença de Graves tratados com iodo radioativo há mais de 10 anos. MATERIAIS E MÉTODOS: Estudo retrospectivo com análise de prontuários do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, Universidade Federal do Rio de Janeiro, entre janeiro de 1981 e novembro de 1999. RESULTADOS: Foram avaliados 107 pacientes (93 mulheres e 14 homens), com uma mediana de idade de 54 anos. Comparando o grupo de pacientes que receberam iodo radiativo com grupo de pacientes eutireoidianos pós-tratamento com drogas antitireoidianas (DAT), foi observado aumento significativo no surgimento de hipertensão arterial (HAS) e dislipidemia, mas não na taxa de mortalidade. CONCLUSÃO: Para avaliar a real influência da terapêutica com iodo radioativo no surgimento dessas comorbidades e na taxa de mortalidade, é necessário um tempo maior de acompanhamento. A idade e o tempo de exposição aos efeitos do hipertireoidismo parecem influenciar no surgimento dessas comorbidades.
Iodo radioativo; hipertireoidismo; comorbidades; mortalidade