Este trabalho analisou se mulheres obesas com baixa ingestão calórica (IC), aferidas por questionário alimentar, apresentam valores diminuídos de taxa metabólica de repouso (TMR), o que favoreceria um desequilíbrio no balanço energético (BE) e conseqüente ganho de peso. Foram avaliados o índice de atividade física (AF) e sua relação com a IC em 77 mulheres obesas, com índice de massa corporal (IMC) acima de 30 kg/m², entre 20 e 45 anos. A partir dos valores da IC, as mulheres foram divididas em três grupos: baixa (G1), média (G2) e alta (G3) IC e submetidas a exame de calorimetria indireta de repouso. Foram avaliados: peso, altura, superfície de área corpórea (SAC), composição corporal por bioimpedância. O G1 apresentou maior valor de peso, SAC, peso de gordura corpórea e também valores abaixo de 1,2 na razão IC:TMR, o que indica provável subestimação da IC. Os maiores valores de AF e de TMR (por quilo de massa magra) foram verificados no G3. O G1 apresentou o BE mais negativo. O G3 apresentou valores positivos. Em suma, este estudo mostrou que existe tendência à subestimação da IC de algumas mulheres obesas e que a manutenção do peso corporal em algumas pacientes se deve ao baixo nível de AF.
Obesidade; Ingestão calórica; Taxa metabólica de repouso; Balanço energético; Calorimetria indireta