OBJETIVOS: Acromegalia está frequentemente associada a doenças tireoidianas. Neste estudo, avaliamos a presença de tireoidopatias em uma série de pacientes acromegálicos. SUJEITOS E MÉTODOS: Foram avaliados 106 pacientes por ultrassonografia (US) e dosagens de GH, IGF-1, T4 livre, TSH e anticorpo antitireoperoxidase. O IGF-I foi expresso em unidades de massa e desvio-padrão (DP-IGF-I). Punção aspirativa por agulha fina (PAAF) foi realizada quando os nódulos eram maiores que um centímetro ou tinham características suspeitas. RESULTADOS: Alterações tireoidianas foram encontradas em 75 pacientes. Onze apresentavam bócio difuso, 42, bócio nodular e 22, alterações morfológicas inespecíficas. Houve quatro casos (3,8%) de câncer diferenciado de tireoide. Considerando os pacientes com bócio difuso ou nodular, o volume tireoidiano foi maior naqueles com acromegalia em atividade e correlacionou-se positivamente com os níveis de GH, IGF-1 e DP-IGF-1. CONCLUSÕES: Nosso estudo confirmou que as doenças tireoidianas benignas são frequentes nos pacientes acromegálicos. A prevalência de câncer diferenciado de tireoide foi maior que na população geral. Sugerimos que US de tireoide seja realizado rotineiramente nos pacientes com acromegalia.
Acromegalia; tireoide; bócio; câncer