Para a maioria dos carcinomas diferenciados de tireóide, como o papilífero e o folicular, após a tireoidectomia total e 131I para ablação de remanescentes tireoideanos, o tratamento com hormônios tireoideanos para suprimir os níveis de TSH reduz o crescimento de qualquer célula cancerosa remanescente, e o tratamento com radiação específica para as células cancerosas cura ou controla muito bem a doença. Os carcinomas de tireóide são considerados pouco diferenciados quando começam a perder as funções de captação de iodo e a dependência do TSH para crescimento e produção de proteínas tireóide-específicas, como proteína NIS, tireoglobulina e desiodases. Um dos maiores desafios no manejo de pacientes com carcinoma de tireóide derivados das células foliculares é o tratamento de tumores que evoluem apesar da cirurgia, 131I e supressão do TSH com T4. Com o melhor conhecimento da sinalização molecular anormal nas células tireoideanas cancerosas, atualmente novas terapias dirigidas a alvos moleculares específicos envolvidos na transformação neoplásica têm sido utilizadas. Com a identificação das necessidades moleculares críticas para a iniciação, manutenção e progressão tumoral, terapias combinadas com agentes terapêuticos alvo-dirigidos, agindo em cada uma destas etapas, irão melhorar o tratamento do carcinoma pouco diferenciado de tireóide.
Carcinoma pouco diferenciado; Sinalização molecular; Drogas alvo-dirigidas