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Apnéia do sono em obesos

Obesidade tem alto prevalência na população geral gerando custos econômicos para a sociedade. Indivíduos obesos apresentam risco maior de desenvolver de diabetes mellitus, doenças cardiovasculares, dislipidemia, e outras doenças crônicas como a Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono (SAOS). A SAOS é uma doença crônica, progressiva, incapacitante, com alta mortalidade e morbidade cardiovascular. Os sintomas noturnos incluem roncos, pausas respiratórias, sono agitado com múltiplos despertares, noctúria e sudorese. Os sintomas diurnos são principalmente sonolência excessiva, cefaléia matinal, déficits neurocognitivos, alterações de personalidade, redução da libido, sintomas depressivos e ansiedade. Fatores anatômicos e fatores funcionais contribuem para esta instabilidade das VAS. O diagnóstico de confirmação é feito pela polissonografia, que também estabelece critérios de gravidade. O tratamento está centrado em quatro pontos: tratamento da obesidade, tratamento comportamental da SAOS, tratamento físico e procedimentos cirúrgicos. Em pacientes selecionados algumas drogas podem ser úteis no sentido de diminuir o número ou a duração dos períodos de apnéia. A possibilidade de hipotiroidismo deve sempre ser descartada, uma vez que em alguns casos a reposição com tiroxína pode levar a desaparecimento da apnéia. Também foram desenvolvidos aparelhos intra-orais removíveis e pacientes menos obesos e com alterações específicas palatofaríngeas apresentam melhores chances de resposta cirúrgica à úvulo-pálato-faringoplastia.

Apnéia do sono; Obesidade; Diagnóstico; Tratamento


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