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Androgênios e o trato reprodutor masculino: ações clássicas e perspectivas atuais

Os androgênios são hormônios esteroides com papel fundamental no desenvolvimento e na manutenção do fenótipo masculino e da função reprodutiva. Esses hormônios também afetam a função de diversos tecidos não reprodutivos, como, por exemplo, o ósseo e musculoesquelético. Os androgênios endógenos exercem a maioria de suas funções por mecanismo genômico, que envolve a ligação do hormônio ao receptor de androgênio (RA), um fator de transcrição ativado por ligante, o que resulta no controle da expressão gênica. Mecanismos não genômicos também têm sido associados aos efeitos induzidos pelo RA. Um grande número de ligantes do RA, esteroidais e não esteroidais, tem sido desenvolvido para o uso terapêutico, incluindo o tratamento do hipogonadismo masculino (agonistas do RA) e de doenças da próstata (antagonistas do RA), entre outras condições patológicas. Neste trabalho, foram discutidas as características estruturais básicas do RA (gene e proteína), os mecanismos de ação desse receptor, bem como aspectos relacionados à sua regulação homóloga. O padrão de expressão do RA, sua regulação in vivo e relevância fisiológica durante o desenvolvimento e a vida adulta na função do testículo e epidídimo, tecidos responsáveis pela produção e maturação de espermatozoides, respectivamente, também foram discutidos.

Receptor de androgênio; trato reprodutor masculino; testículo; epidídimo


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