RESUMO
Este estudo retrospectivo teve como objetivo demonstrar as modalidades fisioterapêuticas empregadas no tratamento de cães com doença do disco intervertebral (DDIV) toracolombar após descompressão cirúrgica da medula espinhal, bem como relatar os fatores que determinaram as alterações das modalidades. Foram incluídos 30 cães que apresentavam sinais neurológicos desde paraparesia ambulatória a paraplegia com dor profunda na primeira sessão de fisioterapia. As modalidades utilizadas nos protocolos de todos os pacientes foram a crioterapia, massagem, alongamento passivo, movimentação passiva articular, estímulo do reflexo flexor e estimulação elétrica neuromuscular. A inclusão ou exclusão de exercícios terapêuticos, como a tipoia corporal, a plataforma proprioceptiva circular, a natação, a hidroesteira, os obstáculos e a caminhada em colchão, foi de acordo com a evolução clínica e a adaptação de cada paciente. Oitenta por cento (80%) dos cães alteraram o grau de disfunção neurológica antes de iniciar a fisioterapia e 93% retornaram à habilidade de caminhar (paraparesia ambulatória) ao final da fisioterapia. O número de sessões e o tempo de recuperação foram maiores quanto pior foi o grau de lesão do paciente.
Palavras-chave:
fisioterapia veterinária; protocolo fisioterapêutico; neurologia