RESUMO
A literatura atual discute múltiplas modalidades de imagem para acompanhar o processo de cicatrização da origem do ligamento suspensor do boleto (LSB) em equinos, mas nenhuma pode garantir que eles possuam fibras colágenas com calibre suficiente para suportar o retorno ao exercício. Já as técnicas morfológicas e bioquímicas, bem como a análise de birrefringência, podem ser mais apropriadas para caracterizar o processo de cicatrização e avaliar a eficiência do tratamento. O objetivo deste artigo é descrever procedimento simples que possibilita a coleta de amostras teciduais de boa qualidade e em sentido longitudinal, por biópsia em equinos em estação. Após antissepsia local, sedação e bloqueio do nervo palmar lateral no aspecto medial do osso acessório do carpo (OAC), o membro foi colocado em suspensão com o carpo flexionado em 90º; a agulha de biópsia guiada por ultrassom foi introduzida em sentido distoproximal, 11 a 13cm distal ao OAC, ângulo de 20º em relação ao LSB, até a região de sua origem. O equipamento foi disparado e coletou-se a amostra tecidual. Essa técnica possibilitou a coleta de fragmentos de boa qualidade para análise histológica e de birrefringência, sem reações adversas, podendo ser usada em modelos experimentais ou na prática clínica.
Palavras-chave:
cavalo; ligamento; biópsia
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