RESUMO
O objetivo deste trabalho foi comparar o consumo de matéria seca, a produção e a qualidade do leite, os parâmetros fisiológicos e bioquímicos em vacas das raças Holandesa (n=10) e Jersey (n=10) sob estresse calórico e insolação, em dois tratamentos: CL - resfriamento por ventilação e aspersão; HS - estresse térmico e insolação. Os dados foram submetidos à análise de variância. Houve interação entre tratamento e raça e efeito de dia para consumo de matéria seca. Para consumo em % de peso vivo, vacas CL e Jersey consumiram mais. Vacas CL produziram mais leite e leite corrigido a 3,5% de gordura. A eficiência alimentar foi similar entre tratamentos e raças. Teores de gordura, lactose, sólidos totais e escore de células somáticas não diferiram. A concentração de nitrogênio ureico do leite foi maior para vacas CL. O leite das vacas Holandesas apresentou maior estabilidade ao álcool, e de vacas HT maior crioscopia. Vacas HT apresentaram maior frequência respiratória de manhã e temperatura superficial à tarde. Não houve diferenças para concentração de beta-hidroxibutirato e glicose. O estresse calórico, com insolação, reduz o consumo, especialmente em vacas Holandesas, bem como a produção de leite, com aumento da crioscopia, elevando a frequência respiratória e a temperatura superficial.
Palavras-chave:
termotolerância; radiação solar; composição do leite; propriedades físico-químicas do leite; metabolismo