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Caracterização histomorfológica do hepatopâncreas do camarão-de-água-doce Macrobrachium rosenbergii (De Man, 1879)

RESUMO

O objetivo do presente estudo foi descrever a histomorfologia do hepatopâncreas do camarão-de-água-doce Macrobrachium rosenbergii. Observou-se que ele é constituído por um conjunto de túbulos de fundo cego, sendo cada túbulo dividido em regiões proximal, média e distal, com o epitélio formado por cinco tipos de células (E, F, B, R, M), diferentemente de outras espécies. As medidas de comprimento e largura dos túbulos foram de 419,64+69,09µm e 117,42+16,99µm, respectivamente. A porcentagem de cada tipo celular por região foi: região proximal (40%B, 20%F, 6,7%M, 33,3%R), região média (45,4%B, 18,2%F, 9,1%M e 27,3%R) e região distal (36,4%E, 27,2%B, 18,2%F, 9,1%M, 9,1%R). Assim, a B, que armazena glicogênio e lipídeos, é a célula mais encontrada nas regiões proximal e média. Na região distal, a célula E, responsável pela mitose, é a mais encontrada. A célula M, responsável pelo acúmulo de nutrientes, tem um número constante de células nas porções do túbulo, diferentemente do Macrobrachium amazonicum. O estudo também sugere, pela primeira vez, que a célula F produz, além de enzimas digestivas, um muco protetor para o túbulo hepatopancreático. O presente estudo foi o primeiro a gerar um perfil morfométrico do hepatopâncreas do M. rosenbergii e demonstrou diferenças em relação a outras espécies, bem como serviu de importante ferramenta para novos estudos que abranjam a produção, a nutrição e a reprodução para a espécie.

Palavras-chave:
camarão; célula F; glândula digestiva; histologia do sistema digestório; morfologia do sistema digestório

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