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[Ferramentas de identificação do Diplostomum spathaceum Rudolphi, 1819 (Diplostomida: Diplostomidae), um trematódeo parasita da gaivota de arenque (Larus argentatus)]

RESUMO

Espécimes do gênero Diplostomum von Nordmann, 1832 (Trematoda, Diplostomidae) foram coletados do intestino da gaivota de arenque, Larus argentatus (Laridae), coletada no lago El-Manzala (cidade de Port Said, Egito). Essa espécie de parasita foi estudada morfometricamente e morfologicamente, bem como molecularmente, usando a região do gene espaçador transcrito interno (ITS1-5.8S-ITS2). A presença de uma espécie de trematoda de Diplostomum spathaceum Rudolphi, 1819 (Diplostomidae) foi observada em 70% das espécies de gaivotas examinadas. Essa espécie tem características genéricas do gênero Diplostomum. Os critérios distintos que discriminaram essa espécie das congêneres foram a divisão das partes do corpo, o corpo dianteiro em forma de ovo com comprimento menor do que o corpo traseiro, a ventosa ventral de tamanho menor do que a oral, a posição da ventosa ventral próxima ao suporte, a viterlária compacta e raramente estendida anteriormente ao órgão do suporte e o tamanho menor do ovo. As sequências parciais ITS1-5.8S-ITS2 de diplostomídeos recuperadas neste estudo mostraram que eles se agruparam com membros do gênero Diplostomum e formaram um grupo monofilético que apoia a descrição morfológica. Os resultados obtidos com a análise molecular são consistentes com os dados da classificação morfológica, em que o parasita registrado era morfologicamente semelhante ao Diplostomum spathaceum, com um primeiro registro em gaivotas egípcias.

Palavras-chave:
gaivotas; diplostomídeos; morfologia; filogenia

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