RESUMO
Esse estudo teve como objetivo avaliar o comportamento da alfafetoproteína (AFP) em cadelas saudáveis, com carcinomas mamários não metastáticos e naquelas com carcinomas mamários metastáticos. Adicionalmente, objetivou-se avaliar os níveis séricos quanto às variáveis clínico-patológicas dos cães doentes. Para tanto, foram utilizados soros de 35 cadelas, divididas em três grupos: G1 (n=10), grupo controle (cadelas livres de neoplasias); G2 (n=20), cadelas com carcinoma mamário sem metástase linfonodal; e G3 (n=5), cadelas com carcinoma mamário com metástase linfonodal. A AFP foi medida por ELISA, e os resultados avaliados pelo teste de Tukey, com nível de significância de 5%, quanto à presença do marcador no soro dos pacientes, à sua relação com o comportamento biológico da neoplasia e às alterações clínico-patológicas encontradas. Além disso, foram obtidos valores de sensibilidade e especificidade para estabelecer o valor clínico da AFP como marcador sorológico. Os resultados revelaram que os valores de AFP (P<0,001) foram significativamente maiores em cadelas com carcinoma mamário, em comparação com cadelas saudáveis. Ademais, houve aumento significativo de AFP em animais não esterilizados (P=0,0307). O marcador demonstrou sensibilidade de 92% e especificidade de 90% para distinguir animais doentes de saudáveis. Não foi encontrada relação entre as variáveis tamanho do tumor, metástase linfonodal, grau histológico, necrose, ulceração e inflamação com AFP (P<0,05). Os resultados indicaram que a AFP está elevada em cadelas com tumores mamários e pode ser um marcador promissor para o monitoramento de cadelas com neoplasias mamárias. Estudos futuros que incluam o acompanhamento dos pacientes serão necessários.
Palavras-chave:
prognóstico; tumor mamário; biomarcadores; metástase
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