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Células mononucleares de medula óssea versus células-tronco mesenquimais de tecido adiposo em cicatrização de lesão óssea em primata: pode ser extrapolado para humanos?

RESUMO

Na medicina veterinária, a terapia celular ainda é inexplorada e há muitas perguntas não respondidas, o que leva os pesquisadores a uma tendência a estender a terapia para os seres humanos, na tentativa de tratar certas lesões. Investigar esse assunto em primatas não humanos revela-se uma oportunidade sem precedentes para compreender melhor a dinâmica das células-tronco contra algumas doenças. Assim, objetivou-se comparar a eficiência das células mononucleares de medula óssea (BMMCs) e das células-tronco mesenquimais (MSCs) do tecido adiposo de Chlorocebus aetiops na lesão óssea induzida. Foram utilizados 10 animais, adultos do sexo masculino, submetidos à lesão óssea nas cristas ilíacas. As MSCs foram isoladas e cultivadas; de forma autóloga, as BMMCs foram infundidas na crista ilíaca direita e as MSCs de tecido adiposo na crista ilíaca esquerda. Após 4,8 meses, a crista ilíaca direita foi totalmente reconstruída, enquanto a crista ilíaca esquerda continuou apresentando defeito ósseo evidente por até 5,8 meses após a infusão. A melhor opção para o tratamento de lesões com perda de tecido ósseo em primatas do Velho Mundo é a utilização de MSCs autólogas de tecido adiposo, sugerindo que se podem estender os resultados para seres humanos, uma vez que há proximidade filogenética entre as espécies.

Palavras-chave:
terapia celular; Chlorocebus aethiops; lesão óssea; células-tronco mesenquimais de tecido adiposo

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