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Dermatófitos e fungos sapróbios isolados de cães e gatos na cidade de Fortaleza

Os objetivos desta pesquisa foram investigar o possível envolvimento de fungos sapróbios nas dermatomicoses e determinar a incidência de dermatófitos em cães e gatos. Durante um ano, 74 cães e 18 gatos com lesões cutâneas sugestivas de micoses foram incluídos neste estudo. As análises micológicas foram realizadas por microscopia direta e cultivo do fungo em ágar Sabouraud, ágar Sabouraud com cloranfenicol e ágar mycosel. A partir dos 92 espécimes clínicos, 21 resultaram em culturas positivas para dermatófitos, observando-se crescimento exclusivo desses fungos somente em 13. Em oito espécimes, observou-se crescimento simultâneo de dermatófitos e fungos sapróbios. Dentre os 71 espécimes restantes, 10 não apresentaram crescimento fúngico, e pelo menos um fungo sapróbio foi observado em 61 deles. Foram isolados um, dois e três gêneros de fungos sapróbios em 29, 30 e 2 espécimes, respectivamente. Microsporum canis foi encontrado em 6 (28,6%) e 10 espécimes (47,6%) e Trichophyton mentagrophytes em 2 (9,5%) e 3 espécimes (14,3%) de gatos e cães, respectivamente. Os seguintes gêneros de fungos sapróbios foram isolados: Alternaria sp (1,9%), Chaetomium sp (1,9%), Rhizopus sp (2,9%), Curvularia sp (3,9%), Candida sp (6,8%), Trichoderma sp (6,8%), Fusarium sp (7,8%), Cladosporium sp (8,7%), Penicillium sp (21,4%) e Aspergillus sp (37,9%).

Cão; gato; dermatófito; fungo sapróbio; micose


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