Estudou-se as taxas de infestação pelo crustáceo Perulernaea gamitanae Thatcher & Paredes, 1985 em tambaqui (Colossoma macropomum) e seus híbridos tambacu (C. macropomum x Piaractus mesopotamicus) e tambatinga (C. macropomum x Piaractus brachypomum) de duas pisciculturas no estado do Amapá, Brasil. Os lerneídeos parasitos (n=2.887) foram coletados principalmente na língua e na boca das espécies estudadas. Os crustáceos foram encontrados também nos filamentos e cartilagem dos arcos branquiais. Nos locais parasitados foram observados inflamação e nódulos fibrosos. As taxas de infestações variaram entre espécies e entre pisciculturas. Na piscicultura um a prevalência de P. gamitanae foi 100%, e na piscicultura dois, foi menor. A maior intensidade de infestação por P. gamitanae ocorreu nos híbridos tambacu e tambatinga. Apesar da elevada prevalência de P. gamitanae a intensidade de infestação foi moderada. Este é o primeiro relato sobre níveis epidemiológicos de P. gamitanae em peixes de cultivo da Amazônia brasileira, e amplia a ocorrência deste parasito crustáceo para dois novos hospedeiros, os híbridos tambacu e tambatinga.
peixe de água doce; Amazônia; crustáceo; infestação; parasito