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[Anestésicos isoflurano e CO2 utilizados na coleta de tecido cerebral e impactos eletrolíticos]

RESUMO

O uso de agentes inalatórios gasosos para a eutanásia de animais oferece ação rápida devido ao fácil acesso à circulação arterial. A propriedade neuroprotetora para a coleta de tecido cerebral post mortem foi investigada utilizando-se isoflurano e dióxido de carbono (CO2) sobre os bioindicadores séricos de sódio e potássio. Amostras de soro foram coletadas de três grupos de animais (n=8) e doadas para este estudo, previamente aprovado pelo Comitê de Ética no Uso de Animais (CEUA 173/2020). Os grupos de soro analisados foram denominados isoflurano, CO2 e canabidiol (CBD/CO2). Os resultados demonstraram que os três grupos apresentaram níveis elevados de potássio em comparação ao grupo controle (*, P<0,05), indicando hipercalemia, enquanto nenhuma diferença foi observada no sódio sérico. Além disso, os grupos CO2 e CBD/CO2 diferiram significativamente do grupo isoflurano (#, P<0,05), que apresentou o maior nível de hipercalemia. Esses achados contribuem para a compreensão dos efeitos fisiológicos dos diferentes métodos de eutanásia sobre os perfis bioquímicos dos animais. Como conclusão, recomenda-se o uso de CO2 como método de eutanásia para coleta de tecido cerebral devido ao menor impacto sobre os níveis de potássio.

Palavras-chave:
coleta de cérebros, CO2; euthanasia, isoflurano

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