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[Perfil químico da tinta de Octopus vulgaris e validação de seu potencial como antioxidante, antimicrobiano, anticancerígeno e antiesquistossomótico in vitro]

RESUMO

Entre as criaturas marinhas, incluindo lulas, cefalópodes e polvos, uma das características mais exclusivas é a produção de tinta, que é uma fonte extremamente valiosa de produtos farmacêuticos. O presente estudo investiga quimicamente a tinta produzida a partir do Octopus vulgaris, bem como suas possíveis atividades antioxidantes, anticancerígenas, antimicrobianas e antiesquistossômicas in vitro. Vinte e um compostos diferentes foram identificados pela análise GC-MS da tinta de Octopus vulgaris. Os resultados revelaram que a tinta de O. vulgaris tinha capacidade antioxidante para cobrir o radical livre DPPH quando comparada ao ácido ascórbico. Além disso, a tinta de Octopus vulgaris apresentou atividade antibacteriana contra Bacillus subtilis, seguida por Escherichia coli e Pseudomonas aeuroginosa, e apresentou atividade moluscicida contra caramujos adultos Biomphalaria alexandrina e teve um efeito mortal distinto nas fases larvais livres de Schistosoma mansoni. Além disso, sua atividade anticancerígena foi confirmada, onde o valor IC50 da linha celular de câncer de mama MCF-7, carcinoma hepatocelular humano (HCT) e linha celular de câncer de fígado humano (HepG2) foi de 29,8, 38,29 e 30,38μg/mL, respectivamente. Em conclusão, a tinta extraída de O. vulgaris pode ser considerada como fonte de compostos valiosos que podem ser usados como agentes moluscicidas, antioxidantes, antimicrobianos, anticancerígenos e antiesquistossômicos.

Palavras-chave:
Octopus vulgaris, antioxidante, antimicrobiano; anticancer, antiesquistossomótico

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