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Achados necroscópicos e histopatológicos em pinguins-de-Magalhães (Spheniscus magellanicus Forster, 1781)

Durante os movimentos migratórios os Pinguins-de-Magalhães chegam às águas da costa brasileira, especialmente nos estados do sul do Brasil até o estado do Rio de Janeiro. Muitos chegam desidratados, hipotérmicos, com lesões traumáticas ou coberto de óleo, exigindo cuidados especiais em centros de reabilitação. Vinte e quatro pinguins juvenis, que chegaram para a reabilitação e posteriormente vieram a óbito apresentaram caquexia, incapacidade de ficar ereto e manter a temperatura do corpo, média de 33ºC ou menos, apresentando desidratação, bradicardia e letargia. Durante a necrópsia, amostras histológicas foram coletadas de fígado, pulmão e rim. Um importante achado histopatológico foi a congestão hepática passiva, encontrada em 50% dos espécimes e a congestão pulmonar foi a lesão histopatológico mais frequente, ocorrendo em 75% dos casos. Anorexia pode acarretar a perda de massa muscular e isso inclui o coração, fazendo com que ocorra uma diminuição da pressão cardíaca, resultando em uma respiração mais lenta e uma bradicardia. Os principais achados anatomopatológicos neste trabalho foram relacionados a lesões vasculares nos pulmões e no fígado, sendo estes encontrados em aves que experimentam uma sobrecarga metabólica associada à adversidade ambiental.

pinguim-de-Magalhães; necrópsia; histopatologia; Magellanic penguin; gross; histopathology


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