Avaliou-se a reconstrução da pálpebra inferior de coelhos, com cartilagem auricular alógena, conservada em solução saturada de NaCl em 12 coelhos, adultos, de ambos os sexos. Os animais receberam acepromazina (0,5mg/kg/IM) e tiletamina e zolazepam (7,0mg/kg/IM), após o que removeu-se um fragmento de 1,0x0,5cm das pálpebras inferiores, esquerda e direita. A pálpebra esquerda foi reparada pela técnica de blefaroplastia em H (GC) e a direita por um retalho de cartilagem auricular associado a blefaroplastia em H (GE). Aos sete dias de pós-operatório (PO), as feridas cirúrgicas dos animais do GC apresentavam retração cutânea. Aos 15 dias de PO, observou-se que as feridas nos coelhos do GE estavam cicatrizadas, mas 30% das do GC apresentavam deiscência e retração cicatricial. Aos 30 dias de PO, as feridas nos animais do GE e GC apresentavam-se cicatrizadas, mas, 30% nos do GC não apresentavam as bordas das feridas coaptadas. O enxerto de cartilagem auricular diminuiu a retração cicatricial, possibilitando reparo anatômico à pálpebra.
coelho; cirurgia; cartilagem auricular; enxerto; pálpebras