RESUMO
O objetivo deste trabalho foi verificar a aplicabilidade da técnica radiográfica compressiva no diagnóstico do colapso de traqueia em cães de raças pequenas, por meio da comparação do diâmetro da traqueia durante a radiografia cervicotorácica lateral convencional e sobre influência da compressão externa com pressões de 5, 10, 15 e 20mmHg (técnica compressiva). Dos 50 cães avaliados, 25 apresentaram colapso de traqueia (grupo TG), 23 não apresentaram o colabamento traqueal (grupo controle - CG) e dois foram excluídos por não tolerarem a pressão de 20mmHg. Os diâmetros internos da traqueia na região da quarta vértebra cervical (D4) e na entrada do tórax (DET) foram menores no grupo TG em relação ao CG, em todas as projeções radiográficas realizadas, bem como dentro do grupo TG, no qual a técnica compressiva diferiu da convencional. Houve correlação entre o sinal clínico de tosse durante o uso de coleira cervical e a presença do colapso de traqueia radiográfico, na pressão de 20mmHg. Concluiu-se que a técnica radiográfica compressiva foi exequível e eficiente na confirmação do diagnóstico do colapso de traqueia em cães, especialmente na pressão de 20mmHg, em que houve associação com sinais clínicos, podendo ser utilizada de forma isolada ou complementar à técnica convencional.
Palavras-chave:
colapso de traqueia; tosse; canino; raças pequenas