Utilizaram-se 22 cabras da raça Alpina, distribuídas aleatoriamente em quatro tratamentos (T): as cabras do T1 (n=5) formaram o grupo-controle; as do T2 (n=7) receberam 0,73% de uréia na matéria seca da dieta; as do T3 (n=4) receberam 1,46% de uréia; e as do T4 (n=6), 2,24% de uréia. As cabras foram superovuladas e os embriões, coletados entre sete e oito dias após a primeira monta, foram avaliados quanto à qualidade e ao estádio de desenvolvimento. Amostras de sangue para dosagem dos teores de uréia e glicose foram coletadas nos dias do estro e da coleta de embriões. Houve efeito linear crescente do nível de uréia nas dietas sobre o consumo de MS (kg/dia) e de proteína bruta (kg/dia). O peso das cabras não diferiu (P>0,05) entre os tratamentos nem entre as semanas experimentais. Dezoito cabras (81,8%) manifestaram estro após a sincronização. A duração do estro e o intervalo da remoção da esponja ao início do estro não foram influenciados (P>0,05) pelos tratamentos. Quatorze cabras (77,8%) responderam à superovulação. O número de estruturas e de embriões coletados não diferiu (P>0,05) entre os tratamentos. O número (Y= 10,90 - 11,64NS U + 4,93<FONT FACE=Symbol>§</FONT>U²; R² = 0,67; P<0,10) e a percentagem (Y= 94,08 - 39,59NS U + 18,16<FONT FACE=Symbol>ª</FONT>U²; R² = 0,94; P<0,07) de embriões viáveis, e o número (Y= 10,83- 12,18NS U + 5,02mU²; R² = 0,78; P<0,08) e a percentagem (Y= 94,83- 52,31NS U + 21,56*U²; R² = 0,90; P<0,05) de embriões excelentes e bons apresentaram comportamento quadrático em função do nível de uréia nas dietas. Os teores de uréia e glicose no plasma não foram influenciados (P>0,05) pelos tratamentos. A uréia pode ser fornecida no nível de 2,24% na MS da dieta de cabras não lactantes.
cabra; embrião; glicose; uréia