RESUMO
Introdução:
O diagnóstico definitivo da doença de Alzheimer (D A) só é possível mediante exame neuropatológico, sendo que os critérios para diagnóstico clínico se baseiam essencialmente na exclusão de outras causas de demência. Em 1994, Scinto et al. observaram hipersensibilidade pupilar à tropicamida em pacientes com DA, dado compatível com a existência de redução dos níveis de acetilcolina na doença. Entretanto, estudos posteriores não confirmaram esses resultados.
Objetivo:
Avaliar a hipótese de hipersensibilidade pupilar à tropicamida no dignóstico da DA, utilizando para este fim metodologia de simples execução.
Material e Métodos:
Dez pacientes com diagnóstico clínico de DA e dez indivíduos idosos controles completaram o protocolo. As medidas pupilares foram realizadas com o paciente sentado em ambiente com iluminação padronizada, olhando para um ponto focal localizado a seis metros de distância. Utilizou-se régua milimetrada para medir o diâmetro pupilar horizontal antes e após 15 e 30 minutos da instilação de uma gota de tropicamida a 0,02% em cada olho.
Resultados:
Não foram observadas diferenças significativas entre a dilatação pupilar de pacientes e de controles para nenhum dos tempos das medidas ou no percentual de variação total do diâmetro pupilar. Observou-se tendência a valores maiores de dilatação pupilar no grupo de portadores deDA em relação ao grupo controle, embora sem significância estatística.
Conclusões:
O emprego de metodologia simplificada para medida do diâmetro pupilar não permitiu diferenciar pacientes com DA de controles no teste de reação pupilar à tropicamida a 0,02%.
Palavras-chaves:
Doença de Alzheimer; Pupila; Tropicamida