RESUMO
Objetivo:
Comparar a eficácia do tacrolimus 0,03% tópico associado ao ômega 3 oral, com diferentes proporções de ácido eicosapentaenoico (EPA), ácidos docosa-hexaenoicos (DHA) e antioxidantes, como adjuvante no tratamento de cães acometidos por ceratoconjuntivite seca.
Métodos:
Quarenta e cinco cães atendidos no Hospital Veterinário da UNOESTE portadores de ceratoconjuntivite seca foram avaliados mensalmente por 6 meses pelo Teste Lacrimal de Schirmer, Teste de Fluoresceína, Tempo de Ruptura do Filme Lacrimal, Teste de Rosa Bengala, citologia da conjuntiva no início, meio e fim do projeto e biopsia da conjuntiva no início e final do projeto. Os cães foram distribuídos aleatoriamente em 3 grupos (n=15): grupo T (tacrolimus 0,03% tópico), grupo TO (tacrolimus + ômegas 1.5 EPA/1 DHA oral) e grupo TOA (tacrolimus + ômegas 1 EPA/4,5 DHA + antioxidantes oral).
Resultados:
Houve uma melhora significativa nos sinais clínicos em ambos os grupos. No tempo de ruptura do filme lacrimal todos os grupos apresentaram aumento no decorrer do tratamento, sendo que o grupo TO foi o que apresentou melhor resultado em todos momentos quando comparado aos demais grupos. Ao final do experimento, os grupos T, TO e TOA apresentaram na análise citológica, diminuição de linfócitos, neutrófilos, células metaplásicas e escamosas, e na análise histopatológica, diminuição de linfócitos e neutrófilos e aumento das células caliciformes, com o grupo TO com melhor desempenho.
Conclusão:
O tratamento oral com ω-3 contendo uma maior proporção de EPA do que o DHA aumentou a eficácia do tacrolimus tópico 0,03% no tratamento de ceratoconjuntivite sicca em cães.
Descritores:
Ceratoconjuntivite seca; Tacrolimo; Ácido eicosapentaenoico; Ácidos docosa-hexaenoicos; Antioxidantes; Animais; Cães