OBJETIVO: Em anisométropes comparar os valores médios individuais dos componentes oculares de ambos os olhos, correlacionar as diferenças dos componentes com as diferenças de refração; e identificar o menor número de fatores que contenham o mesmo grau de informações expressas no conjunto de variáveis que influenciam a diferença refrativa. MÉTODOS: Realizou-se estudo transversal analítico em população de 77 anisométropes de 2 D ou mais, atendida no ambulatório de Oftalmologia do Hospital Universitário da Faculdade de Medicina Nilton Lins, Manaus. RESULTADOS: Os anisométropes foram submetidos à refração estática objetiva e subjetiva, ceratometria e biometria ultrassônica A-scan. A análise dos dados foi feita por meio dos seguintes modelos estatísticos: análise univariada, multivariada, de regressão múltipla e fatorial. CONCLUSÕES: Não houve diferenças significativas na comparação dos valores médios individuais dos componentes oculares entre os olhos. Houve correlação negativa média entre a diferença refrativa e a diferença de comprimento axial (r= -0,64) (p<0,01) e correlação negativa fraca entre a diferença refrativa e a diferença de poder do cristalino (r= -0,34) (p<0,01). As variáveis analisadas responderam, no seu conjunto, por 78% da variação total para a diferença refrativa. Foram identificados três fatores para a diferença refrativa: fator 1 (refração, comprimento axial); fator 2 (profundidade da câmara anterior, poder da córnea) e fator 3 (poder do cristalino).
Anisometropia; Biometria; Olho; Olho; Erros de refração