RESUMO
Os autores estudaram 20 casos consecutivos de úlcera de córnea de origem bacteriana, atendidos no HC-Unicamp. Ressaltam a gravidade dos casos, todos com acuidade visual menor que 0,2 e somente 25% evoluindo sem complicações graves. Estudam o tratamento prévio instituído, em que nenhum paciente tinha exames laboratoriais nem usava colírio concentrado. Enfatizam que apesar de 60% terem sido examinados por oftalmologistas, 45% tinham conduta não convencional (20% sem medicação, 15% não sabendo o que usava, 5% com coIírio anestésico e 5% com adstringente ocular). Encontraram 55% dos pacientes usando antibiótico, sendo que, quatro com antibiótico tópico e os demais usavam antibióticos em associação com corticosteróide, antiviral e/ou antifúngico. Ressaltam ainda serem 90% homens e 40% trabalhadores rurais, sendo os fatores desencadeantes mais freqüentes: trauma (40%), alcoolismo (15%), herpes (10%), lente de contato (10%) e glaucoma (10%).
Concluem pela necessidade de medidas preventivas serem adotadas nos grupos de maior risco, associadas a melhor divulgação entre os oftalmologistas e clínicos gerais da conduta mais atualizada no tratamento de úlcera de córnea.
Palavras-chave:
úlcera corneana: epidemiologia; clínica; terapêutica