RESUMO
Avaliamos, retrospectivamente, os resultados da vitrectomia via parsplana realizada em 14 olhos (nove pacientes) com hemorragia vítrea devida a Síndrome de Terson. Traumatismo crâneo-encefálico e ruptura espontânea de aneurisma cerebral foram as causas da hemorragia intra-craniana em 55,5% e 44,5% dos casos, respectivamente e a vitrectomia ocorreu, em média, 5 meses após a hemorragia vítrea. Em quatro olhos observou-se, durante a cirurgia, descolamento parcial do vítreo posterior em forma de concha na área macular; e em três olhos observou-se a presença de membrana epirretiniana macular. Catarata sub-capsular posterior desenvolveu-se, no pós-operatório, em 28% dos casos. Um olho desenvolveu descolamento de retina. Houve melhora da acuidade visual em 92% dos casos e 64% dos olhos alcançaram visão final de 20/40 ou melhor. Nos casos em que não são observados sinais precoces de resolução da hemorragia vítrea, a vitrectomia pode ser considerada como um procedimento efetivo e seguro, com pronta reabilitação visual na Síndrome de Terson.
Palavras-chave:
Síndrome de Terson; Hemorragia intra-craniana; Hemorragia vítrea; Vitrectomia via pars-plana; Membrana epirretiniana