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Membrana epicristaliniana simulando catarata em crianças com uveíte: relato de três casos

RESUMO

Apresentamos os casos de três meninas (duas de seis anos e uma de onze anos), com uveíte bilateral e suspeita de catarata em ambos os olhos e doença de Vogt-Koyanagi-Harada (VKH) em dois casos. No terceiro caso, oftalmia simpática e suspeita de catarata em um olho e trauma com ceratoplastia penetrante no outro olho. Após controle da inflamação, indicou-se facoemulsificação sem LIO. No per-operatório, após retirada da membrana epicristaliniana, a transparência do cristalino foi percebida, não sendo realizada a facoemulsificação. No período de acompanhamento as pacientes não desenvolveram catarata e a acuidade visual variou de 20/30 a 20/100. O exame de fundoscopia reforçou o diagnóstico de VKH e oftalmia simpática. Portanto, é muito importante que o oftalmologista esteja sempre atento quando se deparar com um caso de uveíte com suspeita de catarata, porque, por trás da membrana epicristaliniana pode existir um cristalino transparente, o que leva a uma conduta terapêutica menos agressiva.

Descritores:
Membrana epicristaliniana; Uveíte; Catarata; Facoemulsificação; Crianças; Oftalmia simpática

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