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Efeitos adversos na superfície ocular relacionados à poluição ambiental

Sabe-se hoje que a poluição ambiental pode afetar a saúde humana. Vários componentes químicos presentes na poluição atmosférica podem acarretar uma irritação nas mucosas, particularmente no trato respiratório. Pouca ênfase tem sido dada à superfície ocular, embora esta estrutura seja até mais exposta à poluição ambiental do que o trato respiratório visto que apenas uma fina camada de filme lacrimal separa a córnea e a conjuntiva dos poluentes presentes no ar. Até o momento, a avaliação clínica é o método mais utilizado pelos oftalmologistas para se detectar uma possível agressão à superfície ocular; entretanto esta avaliação apenas não parece correlacionar-se com as queixas e sinais apresentados pelos pacientes demonstrando a necessidade de mais estudos clínicos e laboratoriais sobre o assunto. O objetivo deste estudo é revisar os sinais e sintomas associados à exposição crônica aos poluentes ambientais no ar nas estruturas oculares definidas atualmente como superfície ocular e revisar os testes clínicos e laboratoriais usados para investigar os efeitos adversos dos poluentes em tais estruturas. Também revisamos estudos prévios que analisaram os efeitos adversos da poluição do ar na superfície ocular e discutimos a necessidade de mais estudos sobre o assunto.

Poluentes do ar; Exposição ambiental; Manifestações oculares; Córnea; Conjuntiva; Irritantes; Poluição do ar; Clima; Corantes fluorescentes


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