Estudo intervencionista prospectivo para avaliar a eficácia da associação do bevacizumabe intravítreo ao implante de dexametasona para edema macular secundário à oclusão da veia retiniana

Moreno-López, María; de-Arriba-Palomero, Pablo; de-Arriba-Palomero, Fernando; Ituruburu, Federico Peralta; Dompablo, Elisabet de; Negrete, Francisco José Muñoz-

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Sumário

ORIGINAL ARTICLE • Arq. Bras. Oftalmol. 86 (3) • May-Jun 2023 • https://doi.org/10.5935/0004-2749.20230040 copiar

Estudo intervencionista prospectivo para avaliar a eficácia da associação do bevacizumabe intravítreo ao implante de dexametasona para edema macular secundário à oclusão da veia retiniana

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RESUMO

Objetivo:

Avaliar a eficácia da combinação de injeções intravítreas de bevacizumabe em olhos com edema macular secundário à oclusão de ramo e da veia central da retina após um único implante de dexametasona.

Métodos:

Foi realizado um estudo prospectivo intervencionista não comparativo com 44 olhos de pacientes com edema macular relacionado à oclusão de ramo e veia central da retina, sem tratamento prévio e tratados com um único implante de dexametasona, que foram acompanhados em intervalos de quatro semanas do segundo ao sexto mês. Se fosse constatado edema macular persistente ou recorrente durante esse período, os pacientes eram tratados com injeções intravítreas de bevacizumabe em um regime ajustado conforme a necessidade. Foram estudadas a melhor acuidade visual corrigida e alterações da espessura macular central.

Resultados:

A média da melhor acuidade visual corrigida mudou de 0,97 ± 0,33 LogMAR iniciais para 0,54 ± 0,40 no exame de 6 meses (p<0,00001). Vinte olhos (45,54%) melhoraram 3 linhas de Snellen ou mais. A média da espessura macular central inicial foi de 670,25 ± 209,9 μm e diminuiu para 317,43 ± 112,68 μm na visita de 6 meses (p<0,00001). O número médio de injeções intravítreas de bevacizumabe em 6 meses foi de 2,32 e o tempo médio entre o implante de dexametasona e a primeira injeção de anti-VEGF foi de 3,45 meses.

Conclusão:

Injeções intravítreas de bevacizumabe após um único implante de dexametasona podem proporcionar um aumento da melhor acuidade visual corrigida e diminuição da espessura macular central aos 6 meses em pacientes com edema macular devido à oclusão de ramo e da veia central da retina, com poucas injeções intravítreas.

Descritores:
Oclusão da veia retiniana/complicações; Edema macular/tratamento farmacológico; Inibidores de angiogênese/uso terapêutico; Dexametasona/administração & dosagem; Injeções intravítreas; Bevacizumab; Tomografia de coerência óptica; Acuidade visual

Inclusion criteria
a) Adults aged 18 or older.
b) Diagnosis of acute ME secondary to BRVO or CRVO proven by clinical examination and OCT. Acute ME was defined as less than 12 months duration referred by the patients as sudden vision loss.
c) Naïve ME due to RVO having received a single DI within the previous 6 months.
d) BCVA better than hand motion and worse than 20/40.
e) CMT on OCT >300 mm, with intraretinal and/or subretinal fluid.
Exclusion criteria
a) Patients having received any oral or intraocular treatment for ME prior to DI.
b) Patients having had ocular surgery or laser treatment within the previous 4 months.
c) History of systemic conditions that prevent the use of intraocular bevacizumab (pregnancy, lactation, stroke, uncontrolled systemic hypertension, or any other uncontrolled systemic disease).
d) Eyes being treated with topical prostaglandin analogs.
e) Allergy to any components of Avastin^®.
f) Presence of a clinically significant epiretinal membrane or vitreomacular traction on OCT.
g) Presence of diabetic retinopathy, active retinal or optic disc neovascularization, active or past history of choroidal neovascularization, presence of rubeosis iridis, any active ocular infection, aphakia or anterior-chamber intraocular lens, glaucoma or current ocular hypertension requiring more than one medication to control IOP in the study eye.
h) Patients currently using or anticipating the use of systemic steroids, or any ocular condition in the study eye that, in the opinion of the researcher, would prevent a 3 -line improvement in visual acuity.
i) Patients who have a loss of vision for any other cause.
j) Patients who were lost to follow-up during the study period.

Total cases	44
Age (years, mean ± SD)	67.91 ± 11.32 (Range 44-87)
Gender (M/F)	24 / 20 (54.55%/45.45%)
Eye (RE/LE)	25 / 19 (56.81% / 43.18%)
Duration of ME (months, mean± SD)	2.34 ± 2.54
RVO type: CRVO / BRVO. (n, proportion)	17 / 27 (38.63%/61.36%)
Fluorescein angiography
- CRVO (n)	14
- BRVO (n)	25
Ischemic vs non- ischemic
- CRVO (n, proportion)	- 2 ischemic/ 12 non-ischemic (14.28%/85.71%)
- BRVO (n, proportion)	- 6 ischemic/19 non-ischemic (24%/76%)

	Visual acuity (LogMAR ±SD)			CMT (mm ±SD)
	Baseline	Month 6	p*	Baseline	Month 6	p*
All (n=44)	0.97 ± 0.37	0.54 ± 0.40	<0.00001	670 ± 209.9	317.43 ± 112.68	<0.00001
CRVO (n=17)	0.99 ± 0.38	0.57 ± 0.47	0.0002	729 ± 225.41	316 ± 138.53	<0.00001
BRVO (n = 27)	0.97 ± 0.37	0.52 ± 0.36	<0.0001	633.25 ± 194.72	318.11 ± 95.84	<0.00001
p#	0.86	0.66		0.14	0.96

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[1] Corresponding author: María Moreno- López. E-mail: mmorelop@gmail.com