Endoftalmite bacteriana é uma infecção intraocular grave, mas de baixa frequência, podendo resultar em grande prejuízo visual. O diagnóstico precoce e a rápida instituição de terapia adequada estão associadas a um melhor prognóstico da doença. Os métodos microbiológicos convencionais são utilizados rotineiramente para caracterização microbiológica de olhos com suspeita de endoftalmite. No entanto, a sensibilidade de detecção bacteriana em amostras de humor aquoso e vítreo utilizando técnicas microbiológicas é baixa, além de demandar um maior tempo para a confirmação dos resultados. A utilização de métodos moleculares aumenta significativamente os casos de endoftalmite bacteriana confirmados laboratorialmente, com tempo menor para a liberação de um resultado definitivo, auxiliando assim a instituição precoce de uma terapia mais específica, limitando o uso empírico ou desnecessário de antibióticos de amplo espectro. A técnica de PCR e outras metodologias para análises pós-PCR como, RFLP, hibridização com sondas e sequenciamento do DNA, tem sido utilizadas com sucesso para elucidação diagnóstica em casos com suspeita clínica de endoftalmite bacteriana, demonstrando promissora aplicação para a rotina dos laboratórios de microbiologia ocular.
Endoftalmite; Infecções oculares bacterianas; Técnicas de diagnóstico molecular; Reação em cadeia da polimerase