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Relação entre ceratose actínica e lesões cutâneas malignas na pálpebra

RESUMO

Objetivo:

Avaliar as possíveis variáveis relacionadas à ceratose actínica e lesões malignas cutâneas nas pálpebras.

Métodos:

Estudo prospectivo de pacientes com lesões palpebrais suspeitas de malignidade. Os participantes foram submetidos à biopsia por trépano (punch) de 2-mm em dois pontos opostos da lesão como método diagnóstico e os resultados foram comparados com o estudo histopatológico da peça excisada cirurgicamente. Aqueles que apresentaram ceratose actínica como resultado foram divididos em dois grupos (ceratose actínica associada com malignidade e ceratose actínica isolada) e foram comparados de acordo com as variáveis: idade, tempo de doença, maior diâmetro, área do tumor, classificação de Fitzpatrick, gênero, localização e acometimento da margem palpebral. A análise de cluster também foi realizada.

Resultados:

Foram analisadas 174 lesões e 50 delas tinham ceratose actínica como componente do tumor. Ceratose actínica esteve associada ao Carcinoma Espinocelular em 22% dos casos e ao Carcinoma Basocelular em 38%, mostrando que ambos podem ter ceratose actínica adjacente. A análise estatística não encontrou diferença entre as variáveis. A análise de cluster identificou quatro grupos e mostrou que lesões malignas no canto medial tinham maiores diâmetro e área. Acometimento da margem na pálpebra inferior relacionou-se em 100% com malignidade, enquanto a ausência de acometimento da margem mostrou menor chance de malignidade.

Conclusões:

Lesões maiores de ceratose actínica no canto medial e lesões com acometimento da margem palpebral inferior têm maiores chances de associação com malignidade.

Descritores:
Ceratose actínica/patologia; Biópsia; Neoplasmas palpebrais; Pálpebra/lesões

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