RESUMO
Objetivo:
Foram estudados olhos com câmara anterior rasa e ângulos passíveis de oclusão, por meio da BUS, quantificando suas . estruturas internas, antes e após a iridectomia a laser. Os resultados foram correlacionados com a prova de pronação em quarto escuro (PPQE).
Material e Métodos:
Foram analisados 25 olhos (17 pacientes) submetidos à PPQE antes e após a iridectomia a laser, sendo mensuradas, por meio da BUS: a profundidade e o ângulo da câmara anterior (CA), a espessura da íris, o ângulo írido-ciliar e o toque da íris no cristalino.
Resultados:
A PPQE, antes da iridectomia, levou a uma redução significante na amplitude do ângulo (de 11,42 ± 4,8° para 1,75 ± 2,0°), e na profundidade da CA (de 1,820 ± 0,2 mm para 1,770 ± 0,2 mm). Após a iridectomia, a PPQE reduziu o ângulo de 17,93 ± 2,5° para 12,03 ± 2,8° (p < 0,05); e a CA (de 1,860 ± 0,2 mm para 1,830 ± 0,2 mm (p < 0,05). Após a PPQE ocorreu uma rotação anterior dos processos ciliares, significante em olhos com prova positiva.
Conclusões:
1) A PPQE levou a uma redução significante na amplitude do ângulo e na profundidade da CA, antes e após a iridectomia a laser. No entanto, após a iridectomia, houve um estreitamento e não mais a oclusão angular; 2) Olhos com PPQE positiva apresentaram reduções mais significantes, durante a pronação, evidenciando sua maior suscetibilidade a desenvolver uma crise aguda de glaucoma.
Palavras-chave:
Biomicroscopia ultra-sônica; Glaucoma de ângulo fechado; Iridectomia a laser