RESUMO
Objetivo:
Comparar a pressão média da artéria oftálmica (POFm) e a pressão de perfusão ocular (PP) de indivíduos submetidos a esforço físico, com a pressão braquial média (PAm). Este estudo tem como finalidade, o melhor entendimento do mecanismo de autoregulação do fluxo sanguíneo no bulbo ocular, durante o estado de estresse físico.
Método:
Os autores examinaram 36 voluntários, submetidos a esforço físico por meio de teste ergométrico, medindo a pressão da artéria oftálmica (POF), assim como a pressão intra-ocular (Po) em três fases: basal, esforço e recuperação. Compararam os resultados com a PAm.
Resultados:
Na fase basal, a POFm correspondeu a 71,12 % do valor da P Am. Na fase de máximo esforço, a PAm aumentou 36,13 % e a POFm, 8,37 % e a relação entre elas caiu de 71,12 % para 56,62 %, ou seja, caiu de 0,71mmHg para 0,56mmHg, o que representa uma redução de 21,12 % . Na fase de esforço, a PP sofreu um aumento de 17,4 %, ou seja, 9,43mmHg.
Conclusão:
Este trabalho gostaria de demonstrar que existe um mecanismo de auto-regulação que controla o suprimento sanguíneo do olho, mesmo quando a POFm não aumenta na mesma proporção da PAm, e que apesar disto, existiria um aumento da PP responsável por um maior aporte de oxigênio para o disco óptico, durante o esforço físico.
Palavras-chave:
Pressão da artéria oftálmica; Pressão de perfusão ocular; Cicloergometria; Oftalmodinamometria