RESUMO
O corante nuclear azul de toluidina, tem sido utilizado com bons resultados no diagnóstico e orientação cirúrgica de diversos tumores em mucosas. Através da modificação da técnica clássica de coloração para uso em conjuntiva ocular, avaliou-se a utilização deste corante em lesões de conjuntiva, na orientação e complementação do diagnóstico clínico. Quarenta e dois pacientes com lesões de conjuntiva foram avaliados por exame biomicroscópico simples antes e depois decorados com solução aquosa de azul de toluidina a 1% e, em seguida, submetidos a biópsia excisional da lesão para comparação com o exame anátomo-patológico. Dos 42 pacientes, houve concordância em 40 deles (95%) e dois falso-positivos, explicados pela celularidade das lesões. Todos os diagnósticos de malignidade pelo exame histopatológico foram identificados pelo método do azul de toluidina. A análise estatística mostrou sensibilidade de 100%, especificidade de 94%, valor preditivo positivo de 82%, valor preditivo negativo de 100% e chance proporcional de 100%, com significância estatística determinada pelo teste de McNemar (p=0,25 ou 25%). O uso deste método estaria indicado por ser simples, barato, inóquo, e não necessitar de ambiente cirúrgico ou narcose em casos disseminados e em crianças.
Além disso em casos de lesões grandes e múltiplas, sugeriria o local apropriado para biópsia.
Palavras-chave:
Tumores de conjuntiva; Cloreto de tolônio; Corantes vitais