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Opções alternativas para otimizar o tratamento da oclusão da veia retiniana sem perfusão capilar periférica (um estudo piloto)

RESUMO

Objetivo:

A investigação centra-se na terapia de edema macular pós-oclusão da veia retiniana central (OVCR) em casos com isquemia retiniana periférica. O objetivo foi comparar a eficácia e a segurança do tratamento com ranibizumab vs ranibizumab + fotocoagulação com laser de dispersão (SLP) em pacientes com edema macular crônico secundário a oclusão da veia retiniana central isquêmica.

Métodos:

O estudo prospectivo não-randomizado incluiu 250 pacientes com isquemia retiniana periférica e edema macular relacionados a oclusão da veia retiniana central. O tempo médio de seguimento foi de 24,5 ± 6,5 meses. A avaliação clínica incluiu acuidade visual melhor corrigida, tomografia de coerência óptica (OCT) e angiografia por fluoresceína multi-campo com a medição da área de isquemia. A população estudada foi constituída por dois grupos de pacientes comparáveis com o oclusão da veia retiniana central isquêmica, que receberam tratamento diferente. Em nossa prática anterior, utilizamos ranibizumab (Lucentis®) em monoterapia (de acordo com a licença do medicamento) para edema macular pós-oclusão da veia retiniana central com isquemia retiniana periférica (Grupo 2). Mais recentemente, começamos a combinar ranibizumab com SLP periférica de áreas não perfusão capilar (Grupo 1). As análises de dados foram realizadas com o software Statistica 7 e incluíram a estimação dos valores de х ± δ e seus coeficientes de dispersão e covariân cia em diferentes estágios do estudo.

Resultados:

Identificou-se isquemia retiniana clinicamente significativa em 175 (70%) pacientes, atingindo uma média de 435,12 ± 225,13 mm2, ou seja, 167,15 ± 45,16 áreas de disco óptico. Isquemia periférica foi encontrada em 125 casos, representando 50% de todos os pacientes com oclusão da veia retiniana central e 71,4% de todos os pacientes com oclusão da veia retiniana central isquêmica. O número médio de injeções de rani bizumab em pacientes com SLP foi de 3,5 ± 1,6. Os pacientes tratados com ranibizu mab em monoterapia durante 24 meses receberam 10,6 ± 2,5 injeções. Os resultados funcionais e anatômicos foram comparáveis nos dois grupos.

Conclusões:

A combinação de injeções de ranibizumab com SLP periférica em áreas de não-perfusão capilar pode diminuir significativamente o número de injeções e reduzir as complicações neovasculares.

Descritores:
Oclusão da veia retiniana; Ranibizumab; Isquemia; Fotocoagulação a laser; Acuidade visual

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