RESUMO
Objetivo:
Analisar as causas das exenterações realizadas no Serviço de Órbita do Departamento de Oftalmologia da Faculdade de Medicina Ribeirão Preto-USP.
Métodos:
Foi realizada análise retrospectiva dos prontuários de 23 pacientes exenterados no Serviço de Órbita do Departamento de Oftalmologia da Faculdade de Medicina Ribeirão Preto-USP, no período de maio de 1992 a janeiro de 1998, levando-se em conta sexo, idade, tipo histológico e origem da lesão orbital.
Resultados:
Todas as órbitas foram exenteradas por neoplasia. Em 95, 7 % dos casos a órbita foi acometida por processos neoplásicos locais que se originaram na própria órbita ou em estruturas circunvizinhas. Dentre estes, 61,9% apresentavam lesões diagnosticáveis ectoscopicamente. A maioria apresentava tumores palpebrais que já tinham sido operados em algum outro serviço.
Conclusões:
Os resultados mostram que os tumores palpebrais são extremamente perigosos, pois invadem a órbita com freqüência constituindo-se na principal causa de exenteração. Uma análise rigorosa da história desses pacientes, mostra que se a conduta inicial fosse adequada a exenteração teria sido evitada em praticamente todos os casos.
Palavras-chave:
Órbita; Pálpebra; Tumor; Exenteração