RESUMO
Objetivo:
Investigar se o tratamento com zinco tem efeito protetor, no curto prazo (1 semana) e longo prazo (8 semanas), sobre os danos induzidos na glândula lacrimal por iodo radiotativo (RAI) em ratos.
Métodos:
Quarenta ratos foram divididos em dois grupos. No grupo RAI (n=20) foi administrada uma única dose de 3 mCi 131I e 1 cc de solução salina fisiológica durante 7 dias, por gavagem gástrica. O grupo zinco (n=20) recebeu uma dose única de 3 mCi 131I e 1 cc de solução salina fisiológica contendo sulfato de zinco na concentração de 10 mg/kg durante 7 dias por gavagem gástrica. Os testes de função lacrimal foram realizadas para todos os animais antes e após uma semana da administração da RAI. Em seguida, após 1 semana da administração, metade dos animais de cada grupo foi sacrificada e as glândulas lacrimais extraorbitais foram removidas para exame histopatológico. Os animais remanescentes dos grupos foram submetidos aos mesmos procedimentos após 8 semanas a radiação.
Resultados:
As médias de produção lacrimal foram de 3,75 ± 1,55 e 3,65 ± 1,53 mm na linha de base, 2,10 ± 1,07 e 3,30 ± 1,34 mm na 1a semana (p=0,004), e 3,22 ± 1,48 e 3,50 ± 1,78 mm na 8a semana, para os grupos RAI e zinco, respectivamente. As pontuações médias de coloração fluoresceína foram 4,65 ± 2,16 e 4,80 ± 2,21 no início do estudo, 7,85 ± 1,90 e 5,45 ± 2,06 na primeira semana (p=0,001), 5,44 ± 2,13 e 4,90 ± 2,08 pontos na 8a semana, para os grupos RAI e zinco, respectivamente. As alterações histopatológicas das glândulas lacrimais em 1 e 8 semanas foram consistentes com os testes de função lacrimal resultados.
Conclusões:
O tratamento de zinco parece ser protetor sobre os danos glândula lacrimal induzidos por RAI em ratos, especialmente no período agudo.
Descritores:
Antioxidantes; Aparelho lacrimal; Radioisótopos do iodo; Zinco; Protetores contra radiação; Animais; Ratos