OBJETIVO: Avaliar a viabilidade do uso de segmentos de músculos oculares extrínsecos como expansores de tendões musculares. MÉTODOS: Vinte e nove coelhos tiveram seu músculo reto superior esquerdo ressecado e o fragmento de cada um foi transplantado para o reto superior contralateral (grupo-teste). Então, o reto superior esquerdo foi reinserido na esclera (grupo-controle). Os animais foram então examinados em diversos períodos pós-operatórios, até os seus sacrifícios, para que se avaliasse o desenrolar dessa técnica cirúrgica. RESULTADOS: A hiperemia foi maior entre os testes. A secreção e a atrofia muscular foram mínimas nos dois grupos. Houve maior presença de fibrose no grupo-teste, mas não tão expressiva a ponto de inviabilizar os efeitos da cirurgia. Esses músculos também se romperam mais facilmente do que os do grupo-controle, porém, a força de rompimento foi sempre bem maior do que aquela presente numa contração muscular normal. CONCLUSÕES: A técnica de transplante autólogo homotópico de músculos oculares extrínsecos provou ser confiável e eficaz, para o alongamento muscular.
Esotropia; Músculos oculomotores; Transplante autólogo; Procedimentos cirúrgicos oftalmológicos; Coelhos