RESUMO
Objetivo:
Comparar o resultado terapêutico de trabeculectomia versus terapia médica em pacientes com glaucoma de ângulo aberto.
Método:
Neste estudo comparativo retrospectivo, prontuários médicos de 284 pacientes (olhos), de um hospital de ensino oftalmológico, com diagnóstico recente de glaucoma de ângulo aberto que receberam medicamentos convencionais (n=188) ou foram submetidos a trabeculectomia de base fórnice (n=96) foram revisados.
Resultados:
Com seguimento médio de 6,6 anos, as mudanças pós-tratamento da pressão intraocular (PIO), campo visual (VF), melhor acuidade visual corrigida por óculos (BSCVA), e o número de medicações necessárias foram significativamente mais favorável ao grupo cirúrgica (p<0,001 para todas as comparações). No entanto, os grupos foram comparáveis para a frequência de PIO clinicamente desejável (≤21 mmHg) na visita final (87,2% vs. 82,3%, respectivamente; p=0,26). A taxa de conversão para o tratamento cirúrgico foi de 34% no grupo médico e a necessidade inicial de mais drogas antiglaucomatosas (2 ou mais) foi o único preditor independente desta conversão.
Conclusões:
Embora os casos mais graves de glaucoma são naturalmente designados o grupo de trabeculectomia, esta abordagem cirúrgica se mostrou mais eficaz do que a terapia médica convencional em pacientes com glaucoma de ângulo aberto. Uma necessidade inicial de 2 ou mais medicações antiglaucomatosas pode prever a falha em terapia médica.
Descritores:
Glaucoma de ângulo aberto/quimioterapia; Glaucoma de ângulo aberto/cirurgia; Trabeculectomia; Acuidade visual