Resumo
O aproveitamento da luz diurna minimiza o consumo de energia com iluminação artificial e proporciona maior qualidade visual para seus usuários. Porém, essa estratégia deve ser estudada com cautela para que não resulte em ganhos térmicos excessivos e ofuscamento. Este artigo demonstra o potencial de economia de energia, qualidade visual e térmica de sistemas de iluminação com controle de potência (dimmers) e persianas automatizadas. O estudo se baseia na simulação computacional integrada de um edifício comercial em Campinas. Os programas Daysim e EnergyPlus foram utilizados para estimar: probabilidade de ocorrência de ofuscamento, consumo de energia e ganhos de calor. Comparados a um sistema de iluminação artificial convencional, ligado durante o dia, os sistemas estudados economizaram até 4% de energia. Apesar da modesta contribuição na economia de energia, obteve-se melhor qualidade visual dos espaços, medida através do índice de probabilidade de ocorrência de ofuscamento, o useful daylight index (UDI). Este estudo promove uma discussão acerca da necessidade de se avaliar a eficiência energética de um sistema em conjunto com a qualidade ambiental dos espaços. Ressalta também a importância de se considerar a particularidade de cada caso em função das interações entre o edifício e o meio.
Palavras-chaves:
Luz natural; Luz artificial; Eficiência energética