OBJETIVO: Avaliar os efeitos do álcool e da cafeína na carcinogênese pancreática induzida pelo 7,12-dimetilbenzantraceno (DMBA) em camundongos, descrevendo as lesões de acordo com a classificação das neoplasias pacreáticas intraepiteliais (PanIN). MÉTODOS: 120 camundogos machos, Mus musculus, CF-1 foram divididos em quatro grupos. Animais receberam água ou cafeína ou álcool ou álcool + cafeína para beber. Em todos animais, 1 mg de DMBA foi implantado na cabeça do pâncreas. Após 30 dias, eutanásia foi realizada, o pâncreas foi removido, fixado em formalina e corado com hematoxilina e eosina sendo classificado em: ductos normais, hiperplasia reativa, PanIN-1A, PanIN-1B, PanIN-2, PanIN-3 ou adenocarcinoma. RESULTADOS: Neoplasias pancreáticas intraepiteliais foram encontradas em todos grupos. Adenocarcinoma foi detectado em 15% dos animais do grupo cafeína, 16,6% do grupo água, 23,8% do grupo álcool + cafeína e 52,9% do grupo álcool (P<0,05). CONCLUSÕES: O modelo experimental de carcinogênese pancreática em camundongos utilizando DMBA induz neoplasias pancreáticas intraepiteliais (PanIN) e adenocarcinoma pancreático. Este estudoverificou associação entre álcool e adenocarcinoma pancreático, enquanto a cafeína não demonstrou este efeito.
Cafeína; 9,10-Dimetil-1,2-benzantraceno; Adenocarcinoma; Pâncreas; Camundongos
