Acessibilidade / Reportar erro

Determinação dos valores hematológicos e das concentrações séricas de ferro e ferritina em sangue de cordão umbilical de recém-nascidos de termo e pré-termo no Hospital Israelita Albert Einstein de São Paulo

Hematologic values and serum concentration of iron and ferritin obtained from umbilical cord blood of newborn babies at the Jewish Hospital Albert Einstein of São Paulo - Brazil

Resumos

Determinaram-se os valores hematológicos (Hb, Ht, VCM, HCM, CHCM, reticulócitos) e as concentrações séricas de ferro e ferritina no sangue de cordão umbilical de recém-nascidos (RN) no Hospital Albert Einstein. A amostra continha 32 RN de termo (T) e 30 RN pré-termo (PT). Os RN apresentavam-se clinicamente sadios, sendo excluídos os que apresentaram intercorrências clínicas ou no momento do parto. O sangue foi colhido por punção da veia umbilical até 5 minutos após a dequitação e encaminhado ao laboratório de patologia clínica para processamento laboratorial. Os valores hematológicos encontram-se mais elevados no grupo de RNT em relação ao grupo de RNPT (p<0,05). Ajustando-se um modelo de regressão logística múltipla, o Ht tem valor preditivo para a prematuridade, observando-se uma relação inversamente proporcional entre o valor do Ht e a idade gestacional.

Ferritina; Ferro; Cordão umbilical; Hematologia; Recém-nascido; Neonatologia


Several hematologic values (hemoglobin, hematocrit, reticulocyte count, mean concentration of hemoglobin, mean corpuscular concentration) and serum concentration of iron and ferritin were obtained from umbilical cord blood of 32 term newborn babies and 30 preterm newborn babies born at Hospital Albert Einstein. All babies were healthy, with no clinical problems at delivery or in the few hours after birth. Blood was obtained by needle puncture on umbilical vein at least 5 minutes after the placenta was detached from endometrium, and sent to Central Laboratory to be analised. The hematologic values were more elevated in the group of term babies in comparison with the group of preterm (p<0,05). Serum concentrations of iron and ferritin were more elevated in the group of term babies in comparison with the group of preterm babies (p<0,05). There was no difference statistically significant in the reticulocyte count of both groups. Adjusting a model of multiple logistic regression, the hematocrit had a positive predictive value for preterm babies, and an inversely proportional relationship between hematocrit values and gestacional age was observed.

Ferritin; Iron; Umbilical cord; Infant newborn; Neonatology


6 - ORIGINAL ARTICLE

DETERMINAÇÃO DOS VALORES HEMATOLÓGICOS E DAS CONCENTRAÇÕES SÉRICAS DE FERRO E FERRITINA EM SANGUE DE CORDÃO UMBILICAL DE RECÉM-NASCIDOS DE TERMO E PRÉ-TERMO NO HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN DE SÃO PAULO11. Resumo da Tese de Mestrado do Curso de Pós- Graduação em Perinatologia do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) - Orientador Prof. Resumo da Tese de Mestrado do Curso de Pós- Graduação em Perinatologia do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) - Orientador Profo Dr. Saul Goldenberg.2. Mestre pelo Curso de Pós-Graduação em Perinatologia do HIAE.3. Coordenadora do Curso de Pós-Graduação em Perinatologia do HIAE.4. Coordenador Geral dos Cursos de Pós-Graduação do HIAE.5. Co-orientadora da tese. Vice-Coordenadora do Curso de Pós-Graduação em Perinatologia do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo.

Marcelo Silber21. Resumo da Tese de Mestrado do Curso de Pós- Graduação em Perinatologia do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) - Orientador Prof. Resumo da Tese de Mestrado do Curso de Pós- Graduação em Perinatologia do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) - Orientador Profo Dr. Saul Goldenberg.2. Mestre pelo Curso de Pós-Graduação em Perinatologia do HIAE.3. Coordenadora do Curso de Pós-Graduação em Perinatologia do HIAE.4. Coordenador Geral dos Cursos de Pós-Graduação do HIAE.5. Co-orientadora da tese. Vice-Coordenadora do Curso de Pós-Graduação em Perinatologia do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo.

Conceição A M Segre31. Resumo da Tese de Mestrado do Curso de Pós- Graduação em Perinatologia do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) - Orientador Prof. Resumo da Tese de Mestrado do Curso de Pós- Graduação em Perinatologia do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) - Orientador Profo Dr. Saul Goldenberg.2. Mestre pelo Curso de Pós-Graduação em Perinatologia do HIAE.3. Coordenadora do Curso de Pós-Graduação em Perinatologia do HIAE.4. Coordenador Geral dos Cursos de Pós-Graduação do HIAE.5. Co-orientadora da tese. Vice-Coordenadora do Curso de Pós-Graduação em Perinatologia do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo.

Saul Goldenberg41. Resumo da Tese de Mestrado do Curso de Pós- Graduação em Perinatologia do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) - Orientador Prof. Resumo da Tese de Mestrado do Curso de Pós- Graduação em Perinatologia do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) - Orientador Profo Dr. Saul Goldenberg.2. Mestre pelo Curso de Pós-Graduação em Perinatologia do HIAE.3. Coordenadora do Curso de Pós-Graduação em Perinatologia do HIAE.4. Coordenador Geral dos Cursos de Pós-Graduação do HIAE.5. Co-orientadora da tese. Vice-Coordenadora do Curso de Pós-Graduação em Perinatologia do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo.

Lucy Duailibi Casanova51. Resumo da Tese de Mestrado do Curso de Pós- Graduação em Perinatologia do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) - Orientador Prof. Resumo da Tese de Mestrado do Curso de Pós- Graduação em Perinatologia do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) - Orientador Profo Dr. Saul Goldenberg.2. Mestre pelo Curso de Pós-Graduação em Perinatologia do HIAE.3. Coordenadora do Curso de Pós-Graduação em Perinatologia do HIAE.4. Coordenador Geral dos Cursos de Pós-Graduação do HIAE.5. Co-orientadora da tese. Vice-Coordenadora do Curso de Pós-Graduação em Perinatologia do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo.

Silber M, Segre CAM, Goldenberg S, Casanova LD. Determinação dos valores hematológicos e das concentrações séricas de ferro e ferritina em sangue de cordão umbilical de recém-nascidos de termo e pré-termo no Hospital Israelita Albert Einstein de São Paulo. Acta Cir Bras [serial online] 2000 Oct-Dec;15(4). Available from: URL: http://www.scielo.br/acb.

RESUMO: Determinaram-se os valores hematológicos (Hb, Ht, VCM, HCM, CHCM, reticulócitos) e as concentrações séricas de ferro e ferritina no sangue de cordão umbilical de recém-nascidos (RN) no Hospital Albert Einstein. A amostra continha 32 RN de termo (T) e 30 RN pré-termo (PT). Os RN apresentavam-se clinicamente sadios, sendo excluídos os que apresentaram intercorrências clínicas ou no momento do parto. O sangue foi colhido por punção da veia umbilical até 5 minutos após a dequitação e encaminhado ao laboratório de patologia clínica para processamento laboratorial. Os valores hematológicos encontram-se mais elevados no grupo de RNT em relação ao grupo de RNPT (p<0,05). Ajustando-se um modelo de regressão logística múltipla, o Ht tem valor preditivo para a prematuridade, observando-se uma relação inversamente proporcional entre o valor do Ht e a idade gestacional.

DESCRITORES: Ferritina. Ferro. Cordão umbilical. Hematologia. Recém-nascido. Neonatologia.

INTRODUÇÃO

O recém-nascido de termo (RNT) está bem abastecido de ferro mesmo que a mãe tenha anemia ferropriva, pois um balanço normal de ferro é sempre mantido1. Há grande concentração de ferro na circulação e nos tecidos do recém-nascido (RN), pois a concentração de hemoglobina e de ferro sérico é mais elevada nesta fase do que em qualquer outra da vida e as reservas teciduais são abundantes, como indicam os níveis de ferritina no soro2,3.

Pequenas quantidades de ferritina circulam no plasma e a concentração nele existente relaciona-se com o nível de depósito de ferro no organismo4.

Os recém-nascidos pré-termo (RNPT), principalmente os de muito baixo peso (MBP), têm menores reservas de ferro e ferritina séricos, sendo maiores os riscos de apresentarem deficiência de ferro e anemia em idade mais precoce5.

Além da diminuição dos estoques, outros fatores contribuem na gênese da anemia precoce do RNPT, tais como a grande velocidade de crescimento destes RN, desproporcional ao aumento do volume sangüíneo. Para se manter, portanto, uma concentração estável de hemoglobina no decorrer do tempo, é exigida uma alta produção de novos eritrócitos6.

Outro fator envolvido é a reduzida vida média dos eritrócitos no RN7.

Finalmente, o número de reticulócitos declina bruscamente após os primeiros dias de vida e permanece baixo durante semanas, apesar de uma progressiva queda da concentração de hemoglobina8. Esta eritropoiese insuficiente ocorre devido à baixa produção e deficiente liberação de um hormônio glicoproteico, a eritropoietina9.

A abordagem mais recente da anemia da prematuridade inclui a terapêutica marcial precoce em doses de até 6 miligramas por quilograma por dia, por via oral, gavagem ou via parenteral, e o uso de eritropoietina humana recombinante nos RNMBP6,10 .

No entanto, a terapêutica marcial em neonatos prematuros sem sinais clínicos de anemia, com níveis adequados de hemoglobina e concentrações séricas adequadas de ferro e ferritina, pode, em alguns casos, favorecer o aparecimento de infecção, ou interferir na absorção de outras substâncias, como cálcio e vitamina E, devendo portanto ser efetuada com muito critério10.

Podemos então deduzir a grande importância de uma caracterização precisa dos valores hematológicos, das concentrações séricas de ferro e ferritina nos recém-nascidos, notadamente nos RNPT.

OBJETIVO

Determinar os valores hematológicos e as concentrações séricas de ferro e ferritina no sangue de cordão umbilical de recém-nascidos de termo e pré-termo no Hospital Albert Einstein.

MÉTODOS

AMOSTRA

Foram estudados 62 recém-nascidos de ambos os sexos, dados à luz no Centro Obstétrico do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, SP, no período de maio a outubro de 1997, 32 dos quais eram RNT (grupo I) e 30 RNPT (grupo II). Este estudo foi previamente aprovado pela Comissão de Ética do Hospital Albert Einstein em fevereiro de 1997.

Os dados amostrais referentes aos parâmetros clínicos dos dois grupos acham-se nas tabelas I, II e III.

Os parâmetros clínicos foram obtidos do prontuário perinatal do Hospital Albert Einstein e informatizado no Departamento de Informática do Hospital Albert Einstein.

Os critérios para inclusão das gestantes no estudo foram: ausência de anemia de hemorragias do terceiro trimestre de hemoglobinopatias de coagulopatias, bem como febre, taquicardia, ou rotura de bolsa amniótica superior a 12 horas do parto. Os critérios para inclusão dos RN de qualquer idade gestacional ou peso de nascimento no estudo foram: tempo de internação da mãe antes do parto que possibilitasse entrevista, consentimento informado e possibilidade de processamento laboratorial imediato do sangue colhido.

Todos os RN foram rigorosamente monitorizados durante sua permanência na Unidade Neonatal do Hospital Albert Einstein. Constituiram-se critérios de exclusão para os RN que apresentassem: anoxia perinatal (boletim Apgar de quinto minuto inferior ou igual a 7), malformações congênitas, desconforto respiratório, icterícia precoce, distúrbio metabólico ou infecções congênitas e adquiridas.

Foi considerado PT todo RN com idade gestacional inferior a 37 semanas completas, segundo a definição da Organização Mundial de Saúde11.

PROCEDIMENTOS

A idade gestacional foi aferida pelo método de Capurro somatoneurológico12, em todos os RN entre 24 e 36 horas de vida.

Após o nascimento, todos os RN foram colocados em cefalodeclive, decúbito lateral direito, em nível ligeiramente inferior ao abdome materno ou canal de parto. O cordão foi duplamente pinçado com duas pinças do tipo Kocher e a seguir ligado, após a instalação de movimentos respiratórios efetivos (até 30 segundos nos RNT e entre 30 e 60 segundos nos RNPT), a distância de 10 a 15cm do abdome ou canal de parto.

O sangue foi colhido por venopunção dos vasos placentários até 5 minutos após a dequitação da placenta e armazenado em dois tubos. O primeiro tubo destinou-se à coleta de 2,0ml de sangue e continha o conservante ácido diamido tetracetato de sódio (EDTA) e o segundo destinou-se a receber 5,0ml de sangue em tubo seco.

A seguir esse material foi encaminhado ao Laboratório de Patologia Clínica, onde foram processados os seguintes exames:

Contagem de células sanguíneas

Contagem global de células vermelhas, células brancas, plaquetas, determinação de hemoglobina (Hb) e hematócrito (Ht), cálculo de valores hematológicos [volume corpuscular médio (VCM), hemoglobina corpuscular média (HCM), concentração de hemoglobina corpuscular média (CHCM)] e contagem diferencial de células brancas13.

Procedimento: técnica automatizada13

Contagem de reticulócitos

A contagem de reticulócitos é feita com coloração supra vital com o new methylen blue, que revela resquícios de substância basófila (RNA) nos eritrócitos jovens não nucleados13.

Procedimento: new methylen blue13

Ferro sérico

Procedimento: enzimático (química seca)14

Ferritina sérica

Procedimento: quimioluminescência14

Análise Estatística

Foi empregada a média como estimador da tendência central e o desvio padrão como estimador da variabilidade da amostra. Foram calculados também os valores mínimos e máximos, o erro padrão da média e o intervalo de confiança de 95% para a média.

Foi aplicado o teste t - Student para comparar as médias de variáveis do grupo de RNT com as médias do grupo de RNPT15.

A associação das variáveis classificatórias com cada grupo foi avaliada através do teste qui-quadrado ou do teste exato de Fisher15.

As variáveis que apresentaram significância estatística nas análises anteriores (análise univariada) foram utilizadas como variáveis independentes no ajuste do modelo de regressão logística múltipla com procedimento "stepwise" de seleção de variáveis16.

As variáveis Ht, VCM, ferritina e reticulócitos foram estudadas estatisticamente após transformação logarítmica.

Os valores de p<0.05 foram considerados estatisticamente significantes e apontados com o asterisco.

RESULTADOS

Na tabela I acham-se os dados referentes aos valores hematológicos pesquisados nos recém-nascidos.

Pode-se observar que houve diferenças estatisticamente significantes entre os grupos I e II quanto aos valores de Hb, Ht, VCM, HCM e CHCM.

Os valores dos reticulócitos não mostraram diferenças estatisticamente significantes.

Na tabela II acham-se os dados referentes às concentrações séricas de ferro e ferritina nos recém-nascidos.

Pode-se observar que houve diferença estatisticamente significantes entre os grupo I e II tanto quanto aos valores de ferro como os de ferritina.

Utilizando-se todas as variáveis que tiveram relação estatisticamente significante com a compartimentalização dos RN nos dois grupos, ajustou-se um modelo de regressão logística múltipla, adotando-se o procedimento "stepwise" de seleção de variáveis para o grupo de RNPT. Estudando-se todas as variáveis, apenas o Ht tem valor preditivo para a prematuridade (Tabela III).

O parâmetro estimado do hematócrito é negativo (-9,98) indicando que esta variável foi inversamente proporcional à probabilidade de o RN ser pré-termo.


DISCUSSÃO

O quadro hematológico normal do RN sofre a influência de vários fatores importantes, tais como: o local de colheita do material, o procedimento efetuado na ligadura dos vasos umbilicais no momento do parto, a eventual ocorrência pré-natal de transfusão feto materna ou materno-fetal, a idade gestacional do feto, do quadro hematológico materno e a suplementação de ferro recebida pela mãe durante a gestação17.

Esses fatores, bem como os estoques fetais de ferro, influenciam os níveis de Hb, do Ht, assim como todos os valores hematológicos encontrados no RN.

Os níveis de Hb são mais elevados no sangue capilar colhido mediante punção cutânea, geralmente efetuada no calcanhar do RN, em comparação com os níveis encontrados nas amostras de sangue venoso colhidas simultaneamente18. Assim, nas amostras de sangue capilar foram encontrados valores de doze e quinze por cento maiores que no sangue venoso (veia umbilical).

Acredita-se que esta diferença encontrada seja devida à estase sangüínea no interior dos vasos periféricos, resultando em lentificação na circulação, transudação de plasma e aumento da concentração de Hb no interior dos capilares19.

A relação entre o hematócrito capilar e venoso é superior a um em praticamente todos os RN18. Os coeficientes mais elevados são encontrados nos RNPT portadores de anoxia neonatal, hipotensão e massa de glóbulos vermelhos inferior a 35 ml/kg, devido à presença de distúrbios microcirculatórios18.

Já os níveis de Hb no sangue da artéria umbilical situam-se cerca de 0,5 g/dl acima dos níveis encontrados na veia umbilical20. Neste trabalho as amostras foram colhidas de veia umbilical, no máximo cinco minutos após a dequitação, como forma de uniformar os dados, de modo que as comparações fossem válidas.

A maneira como são ligados os vasos umbilicais não somente influencia os parâmetros hematológicos ao nascimento, mas tem efeito prolongado durante todo primeiro ano de vida19.

No momento do parto, os vasos placentários contêm cerca de 75 a 125 ml de sangue, que representam cerca de 25 a 30 por cento da volemia de um RNT de 3kg21. A distribuição percentual do sangue entre a circulação do RN e da placenta é de 67:33 em média no momento do parto, de 80:20 após um minuto e de 87:13 no final da transfusão de sangue placentário21.

Após o nascimento ocorre a contração das artérias umbilicais, impedindo a passagem de sangue do RN para a mãe, ao passo que a veia umbilical permanece dilatada, permitindo o fluxo de sangue da placenta para o RN pela ação da gravidade; assim sendo, a pressão hidrostática que se produz quando o RN é mantido a cerca de 40cm abaixo da vulva materna acelera a transfusão de sangue da placenta, de modo a estar encerrada em 30 segundos19. Nos partos cesáreos, mantendo-se os RN 20cm abaixo do nível da placenta por 30 segundos antes de se proceder à ligadura do funículo, garante-se uma transfusão parcial do sangue placentário19.

Linderkamp e col18 observaram que o volume placentário de transfusão atinge cerca de 35ml/kg quando o RN é mantido no nível do canal de parto e o cordão sendo ligado três minutos após o nascimento.

No presente trabalho, a técnica utilizada para o tratamento do funículo umbilical levou em consideração o término da transfusão de sangue da placenta para o recém-nascido, de modo a contribuir para que um volume adequado de sangue fosse transfundido.

Um outro fator que contribui para a grande variabilidade dos valores hematológicos encontrados na dosagem de sangue de cordão é a ocorrência de transfusões feto-materna e também gêmeo-a-gêmeo na gestação múltipla. Cohen e col22 observaram que, em 50% das gestações, algumas células fetais passam para a circulação materna em uma época ou outra da gestação ou do trabalho de parto. Em cerca de 10% das gestações essas perdas sangüíneas transplacentárias variam entre 0,5 e 40ml de sangue; em 1,5% dos casos elas chegam a ser abundantes, aproximando-se por vezes de um volume de cerca de 100ml23. Ao lado dessa elevada incidência de transfusão feto-materna, responsável por alguns níveis baixos de Hb que se registram no sangue de cordão umbilical de RN aparentemente normais, existem estudos que relatam a possibilidade de transfusão materno-fetal. Um feto único poderá raramente receber uma transfusão de sangue materno superior a 40ml por ocasião do parto, o que poderá induzir a policitemia neonatal e a síndrome da hiperviscosidade24.

Nas gestações múltiplas observa-se que em cerca de 30% das gestações gemelares monocoriônicas ocorre transfusão significativa de um gêmeo para outro, definida como uma discrepância de mais de 5% de hemoglobina25.

Até o presente momento, contudo, não existe nenhuma pesquisa clínica que determine os valores hematológicos normais durante o período neonatal e que simultaneamente elimine os erros decorrentes de transfusões placentárias.

No presente estudo, os parâmetros eritrocitários analisados e os níveis séricos de de ferro e ferritina encontraram-se significativamente aumentados no grupo de RNT em relação ao grupo de RNPT. Os valores médios dos níveis de Hb e Ht no grupo de RNT aproximaram-e muito dos obtidos por Oski e Naiman17, que em estudo retrospectivo, obtiveram os valores médios de Hb:16,8 g/dl e Ht:53%. Entende-se que este fato tenha sido possível devido à grande homogeneidade da amostra do atual estudo com exclusão de todos os recém-nascidos doentes.

Diagne e col25 em estudo semelhante a este, com gestantes de elevado nível sócio-econômico e seus RN de termo, quando suplementadas com ferro, mostraram valores mais baixos, tanto dos níveis de Hb quanto de Ht e foram em parte explicados pela ligadura precoce do cordão umbilical (<30 segundos após o nascimento), o que não ocorreu no presente trabalho.

Burman e Morris27 verificaram existir uma correlação linear, nos RN do sexo feminino, de peso adequado para a idade gestacional, entre o nível de Hb do sangue de cordão e a duração da gestação. Nos RN do sexo masculino não observaram essa correlação. O nível de Hb atingiu a média de 16,2 g/dl na 32ª semana de gestação, sofrendo poucas alterações até o final da mesma. No presente estudo foi encontrada uma relação inversamente proporcional entre o valor do Ht na dosagem de sangue de cordão umbilical e a idade gestacional, considerados os valores para ambos os sexos.

Os valores médios de Hb e Ht encontrados no atual estudo, no grupo de RNPT, aproximam-se bastante aos descritos por Oski e Naiman17.

Em estudo realizado em RNPT, com idade gestacional média de 34 semanas, de mães submetidas a tratamento marcial durante a gestação28, os autores também obtiveram valores semelhantes aos obtidos no presente estudo. Vale a pena lembrar também, que as gestantes deste grupo receberam terapêutica marcial durante a gestação. Vaz29 em estudo realizado em RNPT, no berçário anexo a maternidade do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, obteve valores médios de Hb:15,9 g/dl e Ht:50,2%.

A percentagem de reticulócitos encontrada no sangue de cordão umbilical varia de acordo com o método adotado de coloração e a forma de contagem; por conseguinte, existem controvérsias quanto ao que se deve considerar média normal. Os reticulócitos encontram-se mais elevados nos prematuros e nos fetos nascidos entre a trigésima sexta semana de gestação, observando-se muitas vezes cifras de 6 a 10%30. Esse fenômeno ocorre devido à intensa atividade eritropoiética que ocorre na vida intra uterina com a presença de níveis elevados de eritropoietina31. No presente trabalho, não houve diferença estatisticamente significante entre os valores de reticulócitos encontrados nos dois grupos T e PT. Voltamos a salientar que neste estudo, as gestantes em sua quase totalidade provêm de um extrato sócio-econômico elevado e foram suplementadas com ferro; devido a este fato, provavelmente tenha havido menor estimulação medular, resultando em menores índices de reticulócitos no sangue de cordão do que aquele referido na literatura17.

O diâmetro médio da população de hemácias, bem como o VCM, diminuem gradativamente no decorrer das primeiras semanas de vida. O tamanho das células diminui rapidamente e uma grande quantidade de macrócitos é eliminada da circulação17. Existe aumento da HCM, atribuído a hipoxia relativa a que o feto é submetido6. Não obstante os valores aumentados de VCM e HCM encontrados no sangue de cordão, os valores de CHCM são muito semelhantes aos valores normais do adulto. Diagne e col26 analisando o RNT, obtiveram valores para os índices hematimétricos, que, se comparados aos do presente estudo, mostraram hemácias maiores e mais hipocrômicas.

Estudando RNPT, Vaz29 observou valores bastante semelhantes aos do atual estudo, mas as hemácias observadas por esse autor são hipocrômicas em relação às do presente estudo. A diferença de extrato sócio-econômico entre as duas populações analisadas e os diferentes níveis de suplementação marcial ajudam a explicar estas diferenças.

Para a determinação do quadro hematológico no período neonatal, além da precisa caracterização dos parâmetros eritrocitários, deve-se procurar estabelecer as reservas de ferro existentes, que irão determinar a conduta clínica não só no período neonatal como em todo o primeiro ano de vida2.

Durante a vida intra-uterina o feto acumula o ferro em ritmo aproximadamente proporcional ao seu aumento de peso corporal, mantendo uma quantidade total de ferro em torno de 75 mg/kg. Para um RNT de 3kg de peso, com uma Hb média de 17,00 g/dl, isso representa o equivalente a 156mg de ferro elementar ou 75% do total de ferro corporal (1 grama de Hb contém 3,4mg de ferro elementar). O ferro tecidual corresponde a cerca de 7mg/kg (10% do total) e o ferro armazenado nos depósitos a 10mg/kg (15% do total) 17.

No presente estudo, os níveis de ferro sérico encontrados foram maiores no grupo de RNT em relação ao grupo de RNPT, o que seria esperado em função da menor idade gestacional destes que impediu que as reservas atingissem os níveis ideais.

Na maior casuística publicada até hoje, abrangendo 320 RN de termo, Weippe e col32 encontraram níveis médios de ferro sérico de 154mcg/dl. Esses valores foram confirmados em estudos posteriores17, 33.

Em todos esses trabalhos, como no presente estudo, as gestantes foram suplementadas com 50 a 100 mg/dia de ferro elementar.

A quase totalidade das reservas de ferro nos depósitos ocorre na forma de ferritina e hemossiderina. A ferritina é uma macroproteína que garante uma reserva solúvel de ferro no interior das células, que poderá ser usada na síntese de proteínas e enzimas que contêm ferro34. Pequenas quantidades de ferritina circulam no plasma e a concentração nele existente relaciona-se diretamente com o nível de depósitos de ferro no organismo4.

Reduzidos níveis de ferritina sérica no cordão umbilical correlacionam-se com uma diminuição das reservas marciais no RN, porém níveis elevados nem sempre significam reservas elevadas, visto que esta proteína pode se elevar em decorrência de diversos fatores, tais como no retardo de crescimento intra-uterino, colagenoses, infecção materna e processos neoplásicos35.

Rondo e col36 estudando 712 mães e seus respectivos RN, encontraram uma correlação positiva entre o retardo de crescimento intra-uterino e as concentrações maternas de ferritina sérica.

No presente estudo, os níveis de ferritina sérica encontrados foram maiores no grupo de RNT em relação ao grupo de RNPT.

RNT, cujas mães foram suplementadas em ferro, apontam níveis de ferritina superiores a 120 ng/ml26,28,37. Olivares e col28 observaram os valores hematológicos em sangue de cordão umbilical e as concentrações séricas de ferritina, tendo encontrado valores médios de 149 mcg/dl para a ferritina sérica em RNPT com idade gestacional média de 34 semanas.

RN cujas mães apresentavam anemia e/ou reservas baixas de ferro apontam uma grande diminuição nas reservas marciais, com baixos níveis de ferritina sérica, mesmo quando os valores hematológicos são normais1,37,38.

Mais específica na avaliação das reservas de ferro do RN é a dosagem de ferritina eritrocitária39. Estudo realizado entre 39 gestantes e seus respectivos RN, mostrou uma relação diretamente proporcional entre os níveis de ferritna sérica e eritrocitária, mesmo em mães suplementadas com ferro.

Os RNT, principalmente os que receberem aleitamento materno, deverão chegar ao final do primeiro ano de vida sem sinais de deficiência de ferro e anemia5.

No presente estudo as médias das concentrações séricas de ferro e ferritina mostraram-se diminuídas entre os RNPT em relação aos RNT, indicando que a prematuridade é um fator que compromete a longo prazo o quadro hematológico deste RN.

Os RNPT, a despeito de reservas de ferro considerados mesmo como satisfatórias, possuem vários fatores que podem alterar rapidamente o quadro hematológico favorável do nascimento, tais como a grande velocidade de crescimento, a reduzida vida média dos eritrócitos e a eritropoiese insuficiente, devido à baixa produção e aumento da exceção de eritropoietina9.

Devido à presença de todos estes fatores, o neonatologista deve redobrar a monitorização clínica e laboratorial do RNPT, a fim de estabelecer a terapêutica marcial adequada.

CONCLUSÕES

1. As médias dos valores hematológicos foram mais elevadas no grupo de RNT quando comparadas às médias do grupo de RNPT (p<0,05).

2. Não houve diferença estatisticamente significante entre as médias dos reticulócitos no grupo de RNT e no de RNPT (p>0,05).

3. As médias das concentrações séricas de ferro e ferritina foram mais elevadas no grupo de RNT quando comparadas às médias do grupo de RNPT (p<0,05).

4. Existe uma relação inversamente proporcional entre o valor do Ht e a idade gestacional do RN.

5. As reservas de ferro mostraram-se adequadas, no sangue de cordão umbilical, nos RNT, em como nos RNPT.

Silber M, Segre CAM, Goldenberg S, Casanova LD. Hematologic values and serum concentration of iron and ferritin obtained from umbilical cord blood of newborn babies at the Jewish Hospital Albert Einstein of São Paulo – Brazil. Acta Cir Bras [serial online] 2000 Oct-Dec;15(4). Available from: URL: http://www.scielo.br/acb.

ABSTRACT: Several hematologic values (hemoglobin, hematocrit, reticulocyte count, mean concentration of hemoglobin, mean corpuscular concentration) and serum concentration of iron and ferritin were obtained from umbilical cord blood of 32 term newborn babies and 30 preterm newborn babies born at Hospital Albert Einstein. All babies were healthy, with no clinical problems at delivery or in the few hours after birth. Blood was obtained by needle puncture on umbilical vein at least 5 minutes after the placenta was detached from endometrium, and sent to Central Laboratory to be analised. The hematologic values were more elevated in the group of term babies in comparison with the group of preterm (p<0,05). Serum concentrations of iron and ferritin were more elevated in the group of term babies in comparison with the group of preterm babies (p<0,05). There was no difference statistically significant in the reticulocyte count of both groups. Adjusting a model of multiple logistic regression, the hematocrit had a positive predictive value for preterm babies, and an inversely proportional relationship between hematocrit values and gestacional age was observed.

SUBJECT HEADINGS: Ferritin. Iron. Umbilical cord. Infant newborn. Neonatology.

Endereço para correspondência:

Dr. Marcelo Silber

R. Caconde, 286/91

São Paulo - SP

01425-010

Tel: (11)3885-1238 / 289-3142

Data do recebimento: 24/07/2000

Data da revisão: 02/08/2000

Data da aprovação: 17/09/2000

  • 1. Hokama T, Takenaka S, Hirayama K, Yara A, Yoshida K, Itokazu K, Kinjho R, Yabu. Iron status of newborns born to iron deficient anaemic mothers. J Trop Pediatr 1996;42:75-7.
  • 2. Dallman PR, Siimes MA, Stekel A. Iron deficiency in infancy and childhood. Am J Clin Nutr 1980;33:86-118.
  • 3. Oski FA. Iron deficiency in infancy and childhood. N Engl J Med 1993;329:190-3.
  • 4. Worwood M. Serum ferritin. Clin Sci 1986;70:215-20.
  • 5. School TO, Heidiger ML, Fischer RL, Shearer JW. Anemia vs iron deficiency: increased risk of preterm delivery in a prospective study. Am J Clin Nutr 1992;55:985-8.
  • 6. Shannon K. Recombinant human erythropoietin in neonatal anemia. Clin Perinatol 1995;22:627-41.
  • 7. Pearson H. Life span of the fetal red blood cell. J Pediatr 1967;70:166-78.
  • 8. Dallman PR. Anemia of prematurity: the prospects for avoiding blood transfusions by treatment with recombinant human erythropoietin. Adv Pediatr 1993;40:385-97.
  • 9. Krantz S. Erythropoietin. Blood 1991;77:419-30.
  • 10. Straus R. Erythropoietin and neonatal anemia. N Engl J Med 1994;330:1227-39.
  • 11. World Health Expert Comitee On Maternal And Child Health. Public health aspects of low birth weight. Geneve: Who Tech Rep Serv; 1961.
  • 12. Capurro H, Konichzky S, Fonseca D, Caldeira-Barcia R. A simplified method for diagnosis of gestacional age in newborn infant. J Pediatr 1978;93:120-2.
  • 13. Morris MW, Davey FR. Basic examination of blood. In: Henry JB. Clinical diagnosis and manegement by laboratory methods. Philadelphia: W.B. Saunders; 1996. p 542-87.
  • 14. Woo J, Henry JB. Metabolic intermediates and inorganic ions. In: Henry JB. Clinical diagnosis and manegement by laboratory methods. Philadelphia: W.B. Saunders; 1996. p 190-2.
  • 15. Siegel LS, Castellan Jr NJ. Nonparametrics statistics. New York: Mc Graw-Hill; 1998. p 399.
  • 16. Hollander M, Wolfe DA. Statistical methods. New York: John Wiley; 1973. p 503.
  • 17. Oski FA, Naiman JL. Normal hematologic values of the newborn. In: Hematologic problems of the newborn. Philadelphia: W.B. Saunders Company; 1982. p 1-32.
  • 18. Linderkamp O, Nelle M, Kraus M, Zilow EP. The effect of early and late cord clamping on blood viscosity and other hematologic parameters in full-term neonates. Acta Paediatr 1992;81:745-50.
  • 19. Nelle M, Zilow EP, Bastert G, Linderkamp. Effect of Leboyer childbirth plasma volume studies in low birth weight infants. In: Molisson PL. Blood transfusion in clinical medicine. Springfield: Charles C Thomas; 1961. p 581-2.
  • 20. Yao AC, Lind J, Tiisala R, Michelson K. Placental transfusion in the premature infant with observation on clinical course and outcome. Acta Pediatr Scand 1969;58:561-71.
  • 21. Cohen F, Zueler WW, Gustafson DC. Mechanisms of isoimmunization: the transplacental passage of fetal erythtrocytes in homospecific pregnancies. Blood 1964;23:621-30.
  • 22. Swetnam SM, Yabek SM, Alverso DC. Hemodynamic consequences of neonatal polycythemia. J Pediatr 1987;110:443-7.
  • 23. Ramamurthy RS, Berlanga M. Postnatal alteration in hematocrit and viscosity in normal and polycythemic infants. J Pediatr 1987;110:929-34.
  • 24. Tan KL, Tan R, Tan SH. The twin transfusion syndrome: clinical observation on 35 affected pairs. Clin Pediatr 1979;18:111-4.
  • 25. Diagne I., Archambeaud MP, Diallo D, Orion R, Yvart J, Tchernia G. Parametres erythrocytaires et reserves en fer dans le sang du cordon. Arch Pédiatr 1995;2:208-14.
  • 26. Burman D, Morris AF. Cord haemoglobin in low birthweight infants. Arch Dis Child 1974;49:382-91.
  • 27. Olivares M, Llaguno S, Marin V, Hertrampf E, Mena P, Milad M. Iron status in low-birth-weight infants, small and appropriate for gestacional age: a follow-up study. Acta Paediatr 1992;81:824-8.
  • 28. Vaz FAC. Contribuiçăo ao estudo do metabolismo do ferro em recém-nascidos prematuros no primeiro trimestre de vida [Tese Doutorado]. Faculdade de Medicina da Universidade de Săo Paulo; 1971.
  • 29. Salamalekis E, Panayotopoulos N, Kassanos D, Batalias L, Logiis C. Maternal blood parameters and neonatal birth weight. Clin Exp Obstet Gynecol 1996;23:155-6.
  • 30. Shireman I., Hilsenrath MS, Strauss MD, Widness MD, Mutnick AL. Recombinant human erythropoietin vs tranfusions in the treatment of anemia of prematurity. Arch Pediatr Adolesc 1994;148:582-8.
  • 31. Weippl G, Pantlischko M, Bauer P. Normal values and distribution of single values of serum iron in cord blood. Clin Chim Acta 1973;44:147-58.
  • 32. Preziosi P, Prual A, Galan P, Daouda H, Boureima H, Hercberg S. Effect of iron supplementation of the iron status of pregnant women: consequences of newborns. Am J Clin Nutr 1997;66:1178-82.
  • 33. Andrews SC, Arosio P, Bottke W. Structure, function, and evolution of ferritin. J Inorg Biochem 1992;47:161-74.
  • 34. Dézier JF, Vernet M. Détermination de la ferritine sérique. Presse Méd 1992;21:1283-6.
  • 35. Milman N, Agger AO, Nielsen OJ. Iron supplementation during pregnancy. Dan Med Bul 1991;38:471-6.
  • 36. Singla PN, Tyagi M, Shankar R, Dash D, Kumar A. Fetal iron status in maternal anemia. Acta Paediatr 1996;85:1327-30.
  • 37. Tchernia G, Archambeaud MP, Yvart J, Diallo D. Erythrocyte ferritin in human neonates: maternofetal iron kinectics revisited. Clin Lab Haematol 1996;18(3):147-53.
  • 1. Resumo da Tese de Mestrado do Curso de Pós- Graduação em Perinatologia do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) - Orientador Prof
    . Resumo da Tese de Mestrado do Curso de Pós- Graduação em Perinatologia do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) - Orientador Profo Dr. Saul Goldenberg.
    2. Mestre pelo Curso de Pós-Graduação em Perinatologia do HIAE.
    3. Coordenadora do Curso de Pós-Graduação em Perinatologia do HIAE.
    4. Coordenador Geral dos Cursos de Pós-Graduação do HIAE.
    5. Co-orientadora da tese. Vice-Coordenadora do Curso de Pós-Graduação em Perinatologia do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo.
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      08 Nov 2000
    • Data do Fascículo
      Dez 2000

    Histórico

    • Aceito
      17 Set 2000
    • Revisado
      02 Ago 2000
    • Recebido
      24 Jul 2000
    Sociedade Brasileira para o Desenvolvimento da Pesquisa em Cirurgia https://actacirbras.com.br/ - São Paulo - SP - Brazil
    E-mail: actacirbras@gmail.com