OBJETIVO: O uso de molas na expansão craniana tem provado ser efetivo no tratamento da craniossinostoses. A expansão com molas tem sido estudada nas regiões sagital e parassagital, especialmente nas escafocefalias. Um modelo com coelho foi usado no presente estudo para analizar os efeitos das molas sobre a calota craniana e suturas. MÉTODOS: Treze coelhos Nova Zelândia, com quarto semanas de vida, foram divididos em quatro grupos: no grupo I, somente marcadores de amálgama foram implantados como controle; no grupo II, marcadores de amálgama foram implantados e foi retirada a sutura sagital; no grupo III, marcadores de amálgama foram implantados, foi retirada a sutura sagital e foi colocada uma mola expansora na região interparietal e no grupo IV, marcadores de amálgamas foram implantados, uma craniectomia linear parassagital foi realizada e foi colocada uma mola expansora. Os animais foram sacrificados com 2, 4, 8 e 12 semanas. Foi realizado controle radiológico e histológico nas áreas de implantação das molas. RESULTADOS: Nos grupos que utilizaram molas a distração das margens ósseas de craniectomia foi maior do que nos grupos que não utilizaram molas. Neoformação óssea foi observada em todos os grupos, tendo sido mais rápida no grupo II. O crescimento ósseo teve início a partir das margens e da profundidade. A regeneração óssea apresentou padrões histológicos similares nos grupos com o uso de molas na região sagital e parassagital. CONCLUSÕES: O modelo experimental com coelho provou ser adequado para a análise proposta pelo estudo. O uso das molas nos grupos com osteotomia sagital e parassagital promoveu uma distração similar dos marcadores de amálgamas e ambos os grupos tiveram padrão histológico de ossificação similar.
Osteogênese por Distração.; Disostose Craniofacial; Crânio; Coelhos