O efeito da hipotermia, precondicionamento isquêmico e drogas protetoras das lesões de isquemia e reperfusão têm sido amplamente estudado. O objetivo do presente estudo é avaliar os efeitos da deferoxamina na isquemia e reperfusão sobre o fígado remanescente após ressecção hepática parcial a 70%, avaliando-se a função mitocondrial hepática. Estudou-se 34 ratos divididos em grupos: Grupo HP (n = 8) - submetidos a hepatectomia parcial (HP) a 70%; Grupo HPD (n = 4) - submetidos a administração de deferoxamina (40 mg/kg) e HP a 70%; Grupo HPI (n = 7) - hepatectomizados (HP a 70%) e submetidos a isquemia (40 minutos); Grupo HPID (n = 7) - semelhante ao anterior, porém recebendo previamente deferoxamina; Grupo C (n = 8) - controle, submetido a operação simulada para HP a 70%. A análise estatística entre os diversos grupos foi feita pelos testes de Kruskal - Wallis e de Mann - Whitney, com nível de significância de 5%. Dessa maneira, o estado III foi semelhante em todos os procedimentos; o estado IV: C<HPI, C<HPID (p<0,05); a RCR: HP<C, HPD<C, HPI<C e HPID < C (p < 0,05); o PM: HPD foi maior que os demais grupos (p<0,05). Nos animais hepatectomizados a isquemia i nduziu aumento do estado IV, com e sem deferoxamina Por outro lado a deferoxamina induziu aumento do potencial de membrana nos animais hepatectomizados (HPD) em relação aos hepatectomizados com e sem isquemia. Houve diminuição da razão de controle respiratório nos animais hepatectomizados com e sem isquemia.
isquemia hepática; reperfusão hepática; função mitocondrial hepática