OBJETIVO: Relatar a experiência da instituição na realização de nefrectomia laparoscópica para doenças benignas e malignas dos rins. MÉTODOS: Desde fevereiro de 2000 a março de 2003, 34 pacientes (14 homens e 20 mulheres) foram submetidos à nefrectomia transperitoneal laparoscópica no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo: 28 pacientes (82,3%) por doença benigna, e 06 (17,6%) por doença maligna. Os pacientes operados por doença benigna apresentaram exclusão renal pelas seguintes etiologias: litíase (N=9, 32,1%), pielonefrite crônica (N=8, 28,6%), refluxo vesicoureteral (N=4, 14,3%), estenose de JUP (N=3, 10,7%), rim multicístico (N=2, 7,1%) e pionefrose (N=2, 7,1%). A idade variou entre 2 e 79 anos (média de 35,16 anos). RESULTADOS: dos 34 procedimentos, 31 (91,1%) foram completados com sucesso pelo método laparoscópico, sendo necessárias apenas 02 (5,8%) conversões para nefrectomia aberta (pionefrose) e 02 (5,8%) reintervenções cirúrgicas. O tempo operatório médio foi de 240 minutos (180 à 400 minutos). Dois pacientes (5,8%) apresentaram complicações intraoperatórias, sendo 01 lesão de serosa duodenal e 01 lesão de pedículo renal, ambas controladas por laparoscopia. Reintervenção cirúrgica foi necessária em 2 pacientes (5,8%). O tempo médio de internação hospitalar foi de 58h (variando de 18 a 240h). CONCLUSÃO: a nefrectomia laparoscópica apresentou baixo índice de complicações, curto período de internação e ausência de mortalidade, mesmo quando realizada no início da curva de aprendizado.
Nefrectomia; Laparoscopia