O trauma raquemedular é uma das lesões traumáticas com maior impacto sobre a sociedade, o que faz com que enormes investimentos sejam feitos em estudos visando sua cura. Para a realização de pesquisas sobre lesão medular, é necessário que se utilize um modelo reprodutível desta lesão. A padronização de um sistema de lesão medular experimental provoca alterações não só no sistema nervoso mas também sistêmicas. OBJETIVO: O presente estudo visa avaliar as alterações vesicais na fase aguda da lesão medular experimental. MÉTODOS Foram utilizados 34 ratos Wistar machos divididos em grupo controle (A) e grupo experimento (B). Enquanto os animais do grupo B foram submetidos à laminectomia no nível T9-T10 seguida de lesão medular, os do grupo A (n=4) foram submetidos somente à laminectomia. Os animais do grupo B foram dividos em 6 grupos distintos (n=5) e foram submetidos à eutanásia após 2, 4, 8, 24, 48 horas e 4 dias. RESULTADOS: Verificou-se redução da camada urotelial em todos animais do grupo B, presença de células inflamatórias e congestão vascular principalmente após 8 horas, entre outros achados. CONCLUSÃO: As alterações histológicas na fase aguda da lesão medular evidenciaram importante comprometimento vesical, sendo essa uma alteração sistêmica de relevância em lesados medulares.
Trauma raquemedular; Alterações sistêmicas; Ratos; Cistite hemorrágica