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Fadiga vocal e fatores associados em professores universitários em ensino remoto

RESUMO

Objetivo

Verificar a autopercepção da fadiga vocal e fatores associados em professores universitários em ensino remoto durante a pandemia de COVID-19.

Métodos

Estudo transversal, observacional, descritivo e analítico, com abordagem quantitativa com professores universitários em ensino remoto no período da pandemia de COVID-19. Os participantes, após o aceite, responderam a um questionário sociodemográfico, Questionário de Sinais e Sintomas Vocais, Protocolo Índice de Fadiga Vocal (IFV) e Protocolo Índice de Desvantagem Vocal 10 (IDF-10). A análise dos dados ocorreu por meio da estatística descritiva e inferencial. As associações entre as variáveis qualitativas foram verificadas por meio dos testes Qui-quadrado e Exato de Fisher. Já as médias do IFV e IDV-10, foram comparadas com o número de sinais e sintomas por meio do teste de Mann-Whitney.

Resultados

Amostra de 91 professores, maioria do gênero feminino (83,5%) e média de idade de 44,0 anos. Os professores apresentaram média de 3,8 sinais e sintomas e o escore total do IFV indicou a presença de risco para fadiga vocal, com valores compatíveis para indivíduos disfônicos. Não apresentaram desvantagem vocal.

Conclusão

Os professores universitários em ensino remoto se autoavaliaram apresentando risco para fadiga vocal. Entre os fatores associados ao IFV, os docentes que apresentaram mais de dois sinais e sintomas vocais tiveram maior sensação de fadiga vocal. Não foi observada autopercepção de desvantagem vocal, porém, aqueles que apresentaram mais de dois sinais e sintomas vocais tiveram pior autopercepção para desvantagem vocal.

Palavras-chave:
Voz; Fadiga; Docentes; Educação a distância; Autoavaliação

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